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segunda-feira, setembro 17

Santo Antônio, o Pai dos Monges

Santo Antão
Os primeiros monges se instalaram no deserto do Egito, simbolicamente no caminho entre Oriente e Ocidente, pelo final do século III. Algumas pessoas procuram lugares desertos para buscar a perfeição, fazendo penitência, trabalhando, meditando e orando.

São os eremitas (= homens do deserto) ou anacoretas (= homens que se retiram). O mais conhecido é Antão ou Antônio (250-356), pelo ano 275. Nascido de família cristã, ainda jovem, vende tudo, dá o dinheiro aos pobres e inicia o caminho da retirada: primeiro no cemitério, depois mais na periferia, entra no deserto e, à medida em que se fortalece espiritualmente, aprofunda-se sempre mais no deserto.

Não demora muito e homens e mulheres o procuram como Abbas (abade, pai espiritual), para guiá-los. Quando Santo Atanásio (297-373) publicou a Vida de Antônio foi imenso o entusiasmo por toda a Igreja, chegando ao Ocidente.

Os Cenobitas e a Vida Comunitária

O viver sozinho podia conter o perigo da falta de discernimento, de orientação. Por isso, Pacômio organizou a vida cenobítica (= vida em comum). São Pacômio, eremita em 308 e cenobita em 325, acrescenta a vida comunitária na entrega radical ao Senhor.

A regra de vida é a Sagrada Escritura e a vida comunitária se inspira na comunidade primitiva de Jerusalém: igualdade absoluta no vestir e no comer, o trabalho como meio de sustento. O monge renuncia cada dia à própria vida para viver na caridade, na condivisão dos bens até chegar à doação da própria vida pelos irmãos.

Deve-se lembrar que, não havendo um mestre sábio e santo, alguns monges assumiram estilos de vida muito estranhos: viver por dezenas de anos no topo de uma coluna (os estilitas), emparedar-se como prisioneiro, até a morte, nunca banhar-se. Essas aberrações foram logo combatidas pela verdadeira vida monástica.

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