Entrada do Claustro |
Saindo do convento de (Santa Cruz ou da Cortiça) para a parte de baixo do Carril, que vai dar ao penedo, em distância de tiro de espingarda, se venera uma cruz, que fez com o dedo em uma pedra tosca o venerável Frei Honório de Santa Maria, aparecendo-lhe o demónio para impedir e confessar uma pecadora, com a qual o fez desaparecer; e havendo vários incêndios na serra, assim que chegava o fogo a este lugar, se extinguia, ficando ileso desde a cruz até à cova da cerca onde habitava."
Cova do Frei Honório |
"Um dos habitantes do convento de Santa Cruz ou dos Capuchos, foi Frei Honório, homem de muita fé e de grandes virtudes. Muito estimado e respeitado dos habitantes daquelas redondezas, ali viveu durante trinta anos, sofrendo dolorosa e resignada penitência. Seu corpo jaz na Igreja daquele curioso convento. Diz-se que certa vez, Frei Honório encontrou pelos campos uma linda rapariga, “para quem não olhou”, mas que o forçou a fazer alto. Exigia-lhe que a confessasse. O virtuoso monge, naquele ermo não tinha confessionário, e sem querer fixar a pequena, mandou-a para o convento em procura de outro confessor. A bela da moçoila não se conformou com a resposta e insistiu ao mesmo tempo com o bom religioso. Rubro como um tomate, s suar em bica - isto passou-se em Agosto - apressou o passo, sempre seguido daquela que lhe pedia absolvição ou penitência, até que, voltando-se e tapando o rosto com uma das mãos para fugir à formosura que o diabo encarnara para o tentar e perder, com a outra fez o sinal da cruz, a que a endiabrada e tentadora, respondeu com um grito, fugindo para não mais ser vista."
Em algumas edições, a esta segunda versão da Lenda do Convento dos Capuchos de Sintra, é ainda acrescentado:
"Então, Frei Honório, por castigo por ter caído em tentação, isolou-se a pão e água numa gruta existente no Convento.
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