Translate

Pesquisar este blog

"Não é nada humilde insistir em ser quem não somos.". (Thomas Merton)"»♥«

«Quaisquer que sejam teus sofrimentos, a vitória sobre eles está no silêncio.»(Abade Pastor) »♥«

sábado, julho 30

Religião e Igreja


Estamos habituados a propagar a nossa fé em um só credo.Numa só tradição e corremos o risco de humilhar, descriminar e por à margem as demais religiões. Não devemos apresentar um Cristo de um único pensamento, de uma única oração, de uma única fé, de uma única Salvação.Cristo veio para todos, a libertação do homem não se resume apenas na Igreja, mas no que ele pensa e no que ele guarda no coração.

Ser cristão é comungar do próprio Cristo com o testemunho de vida, com o comportamento humano inserido no resto da comunidade, ou sociedade. Cristo é libertação do homem todo e não por partes.
Todos os movimentos religiosos procuram mostrar um Cristo segundo seus ensinamentos, suas teorias ou teologias e tradições. Ele porém, se estende muito mais além, sai do Sermão da Montanha e vai até os Leprosos, a Mulher Pecadora, o Cego de Jericó, encontra-se com Zaqueu, e assim no mundo de hoje ele se encontra com os pobres, marginalizados, injustiçados, oprimidos e com os pecadores que fazem cada vez mais se distanciar Dele.

É preciso ir ao encontro de Jesus na pessoa dos fracos e oprimidos... pois Ele não é apenas um Cristo que nos leva a orar em linguas, a "profetizar", a acumular dinheiro com arrecadações etc. Cristo foi e continuará sendo o Cristo Libertador.
Vamos rrfletir sobre o pensamento de Dom Oscar Romero:
“Uma religião de missa dominical, mas de semana injusta, não agrada ao Senhor. Uma religião de muitas rezas e tantas hipocrisias no coração, não é cristã. Uma Igreja que se instala só para estar bem, para ter muito dinheiro, muita comodidade, mas que se esquece do clamor das injustiças, não é verdadeiramente a Igreja de nosso divino Redentor”
Eu concordo com ele, se você concorda ou discorda deixe seu comentário.

terça-feira, julho 26

Santa Edith Stein - Carmelita


Não sabes de onde vem nem para onde vai

Quem és tu, doce luz que me cumula
E ilumina as trevas do meu coração?
Tu me guias como a mão de uma mãe
E, se me largasses,
Eu não poderia dar nem mais um passo.
Tu és o espaço
Que envolve o meu ser e o abriga em ti.
Se o abandonasses, afundar-se-ia no abismo do nada,
De onde o tiraste para o elevares até à luz.
Tu, mais próximo de mim
Do que eu mesma estou,
Mais íntimo dos que as profundezas da minha alma
E, contudo, intocável e inefável,
Para além de todo o nome,
Espírito Santo, Amor eterno!
Não és tu o doce maná
Que, do coração do Filho,
Transborda para o meu,
Alimento dos anjos e dos bem-aventurados?
Aquele que se ergueu da morte à vida
Acordou-me também a mim
Do sono da morte para uma vida nova.
E, dia após dia,
Continua a dar-me uma nova vida,
Cuja plenitude um dia me inundará,
Vida saída da tua vida,
Sim, Tu mesmo,
Espírito Santo, Vida eterna!

segunda-feira, julho 25

O Combate Espiritual Segundo São Bento

As três brechas

São Bento encontrou três brechas por onde o inimigo pode entrar em nosso coração. A luta espiritual acontece aí nestes lugares de maior fragilidade humana e espiritual. É nestas brechas que precisamos maior vigilância.

Primeira brecha: A COBIÇA

É a idolatria das coisas. Por exemplo, fazer do dinheiro um deus. É o apego às coisas da terra. São Bento coloca como símbolo desta brecha o porco, pois seu focinho está sempre ligado ao chão. Curioso observar no Evangelho que o filho pródigo, após ter gastado todos os seus bens, foi trabalhar no meio dos porcos. Nesta brecha a luta acontece na reorientação dos desejos. É preciso conquistar uma atitude de oblação, de generosidade, desapego. É neste sentido que os religiosos fazem o voto de pobreza.

Segunda brecha: A VAIDADE

É a idolatria do outro como objeto de prazer. É a necessidade de ser reconhecido e amado distorcida, pois esquece da relação de fraternidade com o próximo e pensa apenas em si mesmo. A vaidade se torna neste caso motivação até de coisas boas, mas no fundo está o apego idólatra aos elogios e a toda espécie de prazer. É fazer tudo só pelo interesse de ocupar o primeiro lugar, ser bem visto pelos outros, elogiado, ter status, ser admirado. Aqui São Bento usa o símbolo do Pavão. É preciso reorientar esta necessidade natural e boa de ser reconhecido e amado. É dizer com sua vida e todo o seu coração: Senhor, vosso é o Reino, o Poder e a Glória. Se na primeira brecha, a atitude de desapego era uma garantia de vitória, nesta segunda brecha é necessário perseguir a atitude da solidariedade, do diálogo, da comunhão com Deus e com próximo. Para isso é fundamental a mansidão e a simplicidade. É neste sentido, de reorientar todos os afetos para o serviço da comunhão, que os religiosos fazer voto de castidade.

Terceira brecha: O ORGULHO

É querer dominar tudo para si. Ser um verdadeiro deus. É a idolatria de “si mesmo”. Aqui São Bento ilustra com o símbolo da águia. O orgulho é a origem de todos os pecados. É pelo orgulho que o homem se separa de Deus e procura sua independência. É necessário perseguir a virtude da humildade. Na luta espiritual, às vezes Deus nos da a graça da humilhação (Cf. Eclo 2) como uma espécie de exercício para crescermos na humildade e vencermos a brecha do orgulho. Neste sentido os religiosos fazem o voto de obediência.

Todas estas brechas estão descritas em Gn 1-11

1 COBIÇA: Idolatria das coisas (árvore, frutos…)

2 VAIDADE: Idolatria do outro como objeto (Caim)

3 ORGULHO:
Idolatria de si mesmo (sereis deuses…)

Jesus venceu todas estas brechas (Cf. Mt 4,1-10)

1. Cobiça:
estar seguro contra a falta de alimento
2. Vaidade: fazer um milagre diante das multidões
3. Orgulho: dominar o mundo
Joio e trigo misturados no coração

É preciso reorientar os desejos de acordo com o amor segundo o qual fomos criados:

1. Cobiça X desejo natural de viver, produzir, inventar
2. Vaidade X desejo natural de ser reconhecido, amado
3. Orgulho X desejo natural de organizar, dirigir.

Opção Pelos Pobres

Os bispos em Aparecida salientam: “os discípulos e missionários de Cristo promovem uma cultura da partilha em todos os níveis em contraposição a uma cultura dominante de acumulação egoísta, assumindo com seriedade a virtude da pobreza como estilo de vida sóbrio para ir ao encontro e ajudar as necessidades dos irmãos que vivem na indigência” (DA 559)

Pensamentos

Da mesma Mãe: "Há muitos que vivem nas montanhas e se comportam como se estivessem na cidade; e eles estão perdendo seu tempo. É possível ser solitário em sua própria mente, mesmo no meio de uma multidão e é possível para um solitário viver na multidão de seus próprios pensamentos."
Ditos dos Padres do Deserto.

Pai Lucius - Monge

Alguns dos monges que são chamados Euchites, foram a Enaton para ver Pai Lucius. O ancião perguntou-lhes, "qual é o seu trabalho manual?" Replicaram, "não fazemos trabalho manual, pois como o Apóstolo diz, "rezamos incessantemente". O ancião perguntou-lhes se eles comiam e eles responderam que sim. Então ele lhes disse, "quando vocês estão comendo, quem reza então no seu lugar?" Então perguntou-lhes se eles não dormiam e responderam-lhe que sim. E ele lhes falou, "quando vocês dormem quem reza no seu lugar?" Eles não conseguiram encontrar nenhuma resposta para dar-lhe. Ele lhes disse, "perdoem-me mas vocês não agem como falam. Vou lhes mostrar como, enquanto faço meu trabalho manual rezo sem interrupção. Sento-me com Deus, pondo meu junco de molho e trançando minhas cordas e digo, "Deus, tenha compaixão de mim, de acordo com vossa grande bondade e de acordo com vossa infinita misericórdia, livra-me de meus pecados." Então lhes perguntou se isto não era oração e disseram que sim. Então lhes falou, "Então, quando devo passar o dia todo trabalhando e rezando, ganhando treze moedas de dinheiro, mais ou menos, coloco duas moedas fora da porta e pago minha comida com o resto do dinheiro. Aquele que pega as duas moedas reza para mim quando estou comendo e quando estou dormindo; então, pela graça de Deus, eu cumpro o preceito de orar sem cessar."

Perfumes Sagrados

A origem da palavra "perfume" deriva do latim "Per" (através) e "fumus" (fumo) - indicando claramente que foi, em principio, exalado por resinas queimadas no incenso.
Desde tempos imemoriais, perfumes e o incenso têm sido usados em festas religiosas de coroação de druidesas com verbena e outras ervas sagradas, ungindo os sacerdotes com óleo sagrado perfumado e estimulando a criação de uma atmosfera devocional nos santuários.
Sabia-se que os óleos usados nas pessoas ajudavam ao indivíduo, e que o incenso quando queimado tinha o poder de atrair anjos ou reservas beneficientes da natureza. Além disso, possuía o poder de repelir espíritos malignos. Consequentemente, os antigos, em sua sabedoria, fizeram dele uso abundante nos seus rituais - tanto para atrair boas influências, quanto para exorcizar as más.
A história revela uma relação perpétua entre o incenso e as observâncias religiosas de todas as épocas. Dos povos mais primitivos aos altamente cultos de cada país e civilização, alguma forma de incensamento ritualístico, simbolizando um sacrifício espiritual e uma oferenda de aspirações dos devotos aos seus deuses, tem sido incluída nas práticas religiosas.

Felizmente, alguns dos papiros de uma das mais antigas civilizações - o Egito - sobreviveram aos séculos e elucidaram muitas das práticas espirituais e rituais religiosos daqueles tempos. O incenso era aparentemente uma parte vital dos seus rituais e era preparado com o máximo cuidado e precisão foi do Egito que, pela primeira vez, nos chegou a ciência do incensamento.

O incenso sacro egípcio, chamado "kyphi", era feito de uma fórmula especial. Preces e encantamentos eram utilizados durante a mistura dos ingredientes para impregnar o material com os poderosos pensamentos dos sacerdotes, sendo uma tarefa de particular importância - os sacerdotes escolhidos para cultivar as árvores e plantas sagradas (das quais se fazia o incenso) viviam uma vida de pureza e austeridade para cumprir sua, tarefa espiritual com perfeição.

Seu cuidado, carinho e reverência eram imensos, pois acreditavam que as plantas vivas se beneficiavam das atenções e radiações dos seres humanos - um fato que hoje está sendo provado por cientistas e botânicos modernos (vide Máquina de Kirlian).

Os árabes por sua vez, extraíram seus conhecimentos sobre os efeitos do incenso, do Antigo Egito e rapidamente desenvolveram o uso de perfumes e óleos em uma arte altamente evoluída até hoje conhecida e cultuada..

Resinas, gomas e especiarias eram utilizadas no embalsamamento, fumigação e medicina na Pérsia, Iraque e Arábia, onde eram queimadas nas piras funerárias, em casamentos e em outras celebrações (batismos, funerais e festas religiosas). Era um costume enraizado na vida diária do povo.

O incenso cumpriu um papel importante nas práticas religiosas e rituais místicos da antiga Babilônia, Pérsia, Turquia, Síria e Arábia - e parece ter sido deste último país que o seu conhecimento chegou à Europa, onde caravanas de incenso tornaram-se cada vez mais populares. O uso abundante do incenso na Corte e na Igreja tornou-se um símbolo de poder e riqueza e gradativamente os perfumes tornaram-se conhecidos e utilizados por todas as culturas clássicas da Europa.

Hipócrates, Críton e outros médicos-filósofos consideraram os perfumes como uma ajuda vital nas terapias de cura e classificaram-nos como medicamentos, receitando-os para tratamento, especificamente nos casos de problemas nervosos de vários tipos. A "História Natural" de Plínio cita numerosos perfumes florais para serem usados como remédios naturais.
O filósofo grego Theofrasto acreditava que algumas doenças tornavam-se mais agudas pelo uso da inalação de perfumes estranhos à natureza da pessoa, sendo então necessário um perfume equilibrante para a cura.

Diz ele que naquela época 200 A.C. - o perfume da rosa foi elaborado mergulhando-se as flores em vinho doce, indicando que havia uma experimentação na arte da destilação e um interesse vital em óleos essenciais.

No pensamento grego os perfumes eram associados com os imortais, e acreditava-se que o seu conhecimento chegou ao homem através da indiscreção de Aeone (na mitologia, uma das ninfas de Afrodite).

Os romanos representavam mais o aspecto positivo ou masculino da cultura de seu tempo, não tendo se utilizado muito dos aromáticos, até que seus hábitos e gostos foram eventualmente influenciados pelo contato com os gregos.

Os hebreus eram familiarizados com o uso do incenso e óleo de ungimento sacro, que se dizia serem compostos de mirra, canela doce, cálamo, cássia e óleo de oliva. Seu incenso foi introduzido por Ordem Divina "Deveis construir um altar para queimar incenso sobre ele... e Aarão deverá queimar ali incenso todas as manhãs". Queimar incenso nas rezas permaneceu um costume através dos séculos.

Velas perfumadas foram usadas na época de Constantino e sem dúvida, o incenso também, mas não, de modo algum, na Igreja Cristã antes do século IV. Daí então sua popularidade no ritual da igreja cresceu regularmente até que - aproximadamente no século XVI - óleos aromáticos e resinas foram aceitos como necessários para o uso no incenso, nas igrejas e nas capelas privativas dos soberanos. As rotas comerciais entre a Europa e o Oriente traziam tanto do precioso incenso, essencialmente o sândalo, que se tornaram conhecidas como as "trilhas de sândalo".

O incenso era conhecido e empregado pelo povo das antigas dinastias chinesas para exorcizar maus espíritos de pessoas possuídas por entidades demoníacas - pessoas em dificuldades mentais similares àquelas muitas que se encontram hoje em casas de saúde, clínicas psicoterapêuticas e hospitais. O incenso era queimado para purificar a atmosfera e livrar o ambiente de qualquer espírito que estivesse assombrando ou perturbando uma casa particular. Além desses propósitos, os chineses eram tão conhecedores quanto os egípcios no seu uso do incenso nas cerimônias religiosas e deliciavam-se com o uso de outras fragrâncias exóticas existentes no Oriente. Parecem ter utilizado como ingredientes de seu incenso, o sândalo, o almíscar (musk) e flores como o jasmim. Sabe-se que Confúcio teria elogiado o incenso e recomendado o seu uso.

O uso do incenso na índia é encontrado em todos os antigos registros daquele pais, e a origem e os propósitos do incensamento foram transmitidos desde os mais remotos tempos do começo da cultura indiana até os nossos dias - ainda hoje é o primeiro pais do mundo na sua produção. São muito utilizados os incensos feitos com óleos de rosa, jasmim, pandang, champac, patchouli, sândalo, cipreste e outros, cada um criando um efeito distinto para o ritual religioso e para o uso pessoal caseiro. A poesia indiana. é generosamente salpicada de descrições das divinas nuvens de exóticos perfumes, que eram sempre associados a seus deuses. O costume da queima de incenso era comum em todos os templos da maior parte das religiões e seitas da índia. Os adoradores do fogo, os Zoroastrianos, são representados na índia pelos Parais, que cuidam ritualisticamente de seu fogo sagrado e queimam incenso em forma de sacrifício, regularmente durante o dia.

Os aztecas usavam incenso nos ritos processionais e em sacrifícios, festivais e festas. Seu deus Quetzalcoatl teria se deliciado nos perfumes aromáticos e incensos onde eles usavam a resina copal, juntamente com uma planta rara, que se supõe induzia nos devotos estados de consciência semelhantes a um transe.

Parece que o incenso foi usado também pelos anglo-saxões - é certo que muitos ingredientes perfumados foram utilizados em muitos dos ritos pagãos e festivais de adoração da natureza.

O incenso foi gradualmente incorporado no ritual eclesiástico em todos os lugares, tendo permanecido até os dias de hoje na maioria das igrejas onde antigas cerimônias são ainda celebradas. Aqueles que são sensíveis à atmosfera podem sentir o aumento do poder espiritual trazido até nós com a ajuda do ritual de incensamento.

Podemos concluir que nos tempos antigos o uso de perfumes era uma arte cultivada, usada para realçar seu deleite e apreciação da própria vida.

Foi também usado na santificação dos locais espirituais de adoração, para tornar cientes a todos da presença dos deuses e para lembrá-los das grandes forças naturais que aqueles deuses simbolizavam.

Os incensários estavam continuamente acesos nas casas e prédios, assim como nos jardins e arvoredos e aos pés das estátuas - servindo para lembrarnos constantemente da eterna presença das Deidades.

Esse texto foi extraído de
"A GUIDE TO THE PRACTICAL USE OF INCENSE"
de Sally E. Jsnasen,
publicado pela Triad Library and Publishing Company.

domingo, julho 24

O Amor de Deus

O teu amor chega até os céus, e a tua fidelidade, até as nuvens.
Ó Deus, mostra a tua grandeza nos céus, e que a tua glória brilhe no mundo inteiro!(Sl 57,11)

Pensamentos de Santa Terezinha do M Jesus



E minha vida é um ”único ato de amor!
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Morrer de amor é um bem doce martírio!
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus

Felizmente, não desanimo com facilidade
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Não é bastante amar, é preciso prová-lo!
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

O olhar de Deus é amar e conceder graças
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

O pecado mortal não me tiraria a confiança
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de J

Não me inquieto, absolutamente, com o futuro…
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

É muito doce a gente se sentir fraco e pequeno!
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Os mais belos pensamentos nada são sem as obras
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Espera um pouco, filha, e verás grandes coisas
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Ó Trindade, vós sois prisioneira de meu amor!…
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

A vida é apenas um sonho, em breve nos acordaremos
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

A amizade é a mais verdadeira realização da pessoa
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

… Pensar em uma pessoa que se ama é rezar por ela
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus

Posso, apesar de minha pequenez, aspirar à santidade
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

É preciso abandonar o futuro nas mãos do Bom Deus…
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

… Ó meu Bem-Amado, uma só missão não me bastaria…
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Quem ama, faz sempre comunidade; não fica nunca sozinho
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

É preciso que o Espírito Santo seja a vida de teu coração
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

O Bom Deus me dá coragem na proporção dos meus sofrimentos
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Só temos o curto instante da vida para dá-lo ao Bom Deus…
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

O Senhor é tão bom para comigo, que me é impossível temê-lo
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Já que a verdade brilha aos seus olhos, não fuja da sua luz
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Eu sou pequena demais para subir a rude escada da perfeição
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

A virtude é uma verdade.
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus) Mensagem sobre Verdade

São felizes as vidas que se consumirem no serviço da Igreja
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Basta uma graça dessas para transformar uma alma por inteiro
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

E eu que desejava o martírio, é possível que morra em um leito!
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

A caridade é o caminho excelente, que conduz seguramente a Deus
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

O Pai quer que o ame, porque Ele me perdoou não muito, mas tudo
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

O Bom Deus me mostra a verdade, sinto muito bem que tudo vem dele
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

O Senhor sempre dá oportunidade para oração quando a queremos ter
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Nada acontece que Deus não tenha previsto desde toda a eternidade…
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Pois bem, sou eu essa criança, objeto do amor previdente de um Pai…
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Como Jesus, pertencemos ao mundo inteiro, vivendo não para nós mesmos, mas para os outros. A alegria do Senhor é a nossa força”.
… Compreendi que meu amor não se devia traduzir somente por palavras.
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

… Espero tudo do Bom Deus, como uma criancinha espera tudo de seu pai
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Que felicidade poder dizer: Estou seguro de fazer a vontade do Bom Deus
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Por uma graça fielmente recebida, Ele me concedia uma multidão de outras
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Não me parecia que eu conhecesse a minha alma, tão transformada eu a via
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Compreendi que o Amor englobava todas as vocações, que o Amor era tudo…
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Enfim, pus mão à obra e tinha tanta boa vontade que consegui perfeitamente
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Ó meu Deus, Trindade Bem-aventurada! Eu vos desejo amar e vos fazer amada…
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

O apostolado da oração não é, por assim dizer, mais elevado do que o da palavra?
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Não consigo crescer, devo suportar-me como sou, com todas as minhas imperfeições
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus

Eu quero ver a Deus e para isso é necessário morrer. Não morro, mas entro na vida
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Falte-me tudo, Senhor meu, mas se vós não me desamparardes, não faltarei eu a vós
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Minhas mortificações consistiam em refrear minha vontade, sempre prestes a se impor
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Se Jesus Cristo não agradou todo mundo,não é eu que vai agradar!
( Frases e Pensamentos de Carla Perez) Mensagem sobre Gafe

Faz-nos tanto bem, quando sofremos, ter corações amigos, cujo eco responde a nossa dor
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

O mérito não consiste em fazer nem em dar muito, mas, antes, em receber, em amar muito!
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Sou de tal natureza que o temor me faz recuar; com o amor não somente avanço, mas vôo…
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

O Senhor não olha tanto a grandeza das nossas obras. Olha mais o amor com que são feitas
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Falais muito bem com outras pessoas, por que vos faltariam palavras para falar com Deus?
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Prestai atenção ao que faz Maria; imitai-a… e esse Deus de bondade recompensará vossa fé
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Casamento não é bom e isto é fato verdadeiro, pois o diabo não se casou e Jesus morreu solteiro.(Frases de Para-Choque de Caminhão – Caminhoneiros)

A Santíssima Virgem dá bem os meus recados, dar-lhe-ei outro mais. Repito-lhe, muitas vezes:
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

O tempo, às vezes, tarda em dar razão a quem a tem; mas acaba por dá-la.
( Frases e Pensamentos de Jesus Urteaga) Mensagem sobre Tempo

Ó meu Deus, longe de me desencorajar à vista de minhas misérias, venho a vós com confiança…
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

O Bom Deus me fez compreender que existem almas que sua misericórdia não se cansa de esperar…
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Se tiver humildade, não tenha receio, o Senhor não permitirá que se engane nem engane os outros
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Ele quem me instruiu dessa ciência que esconde dos sábios e dos pedantes e revela aos menores…
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

A amizade com Deus e a amizade com os outros é uma mesma coisa, não podemos separar uma da outra
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Ó Farol luminoso do amor, eu sei como chegar a Ti, encontrei o segredo de me apropriar de Tua chama.
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Vocês pensam que Deus não fala porque não se ouve a Sua voz? Quando é o coração que reza Ele responde
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Eu vos suplico, ó meu Deus, enviar-me uma humilhação cada vez que eu tentar me elevar acima dos outros
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

O verdadeiro humilde sempre duvida das próprias virtudes e considera mais seguras as que vê no próximo
( Frases e Pensamentos de Santa Teresa de Jesus )

Visita Noturna a Jesus Sacramentado

Ficai conosco, Senhor, esta noite. Ficai para adorar, louvar e dar graças por nós, enquanto dormimos.

Ficai para fazer baixar do Céu vossa misericórdia sobre o mundo.

Ficai para socorrer, a partir do tabernáculo, as benditas almas do Purgatório, em sua prolongada noite de sofrimentos e penas.

Ficai conosco, Senhor, para afastar a ira de Deus de nossas populosas cidades com suas densíssimas nuvens de vícios e crimes que clamam aos Céus por vingança.

Ficai conosco, Senhor, para confortar os que jazem no leito de dor, para dar a graça da contrição aos que morrem, para receber nos braços de vossa misericórdia os milhares de almas que se apresentam ante Vós esta noite para serem julgadas.

Oh! Bom Pastor, ficai com vossas ovelhas, defendendo-as dos perigos que as rodeiam e ameaçam!

Ficai, Senhor, sobretudo, com os que sofrem e com os agonizantes.

Dai-nos uma noite tranqüila e um despertar perfeito.

Sede nosso misericordioso Pai até o último momento, para que sem temor possamos apresentar-nos diante de Vós, como nosso Juiz.

Ficai, Senhor, em meu coração. Assim seja.

Oração do Coração


Em suas falas, os monges do deserto nos indicam uma visão bastante holística de oração. Eles nos afastam de nossas práticas intelectuais, nas quais Deus se transforma em um dos muitos problemas com os quais temos de lidar. Mostram-nos que a verdadeira oração penetra no âmago de nossa alma e não deixa nada sem tocar. A oração do coração não nos permite limitar nosso relacionamento com Deus a palavras interessantes ou emoções piedosas. Por sua própria natureza, essa oração transforma todo o nosso ser em Cristo, precisamente porque abre os olhos de nossa alma à verdade de nós mesmos e também à verdade de Deus. Em nosso coração passamos a nos ver como pecadores abraçados pela misericórdia de Deus. É essa visão que nos faz clamar: “Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, tem misericórdia de mim, pecador”. A oração do coração nos exorta a não esconder absolutamente nada de Deus e a nos entregar incondicionalmente a sua misericórdia.

Assim, a oração do coração é a oração da verdade. Desmascara as muitas ilusões sobre nós mesmos e sobre Deus e nos conduz ao verdadeiro relacionamento do pecador com o Deus misericordioso. Essa verdade é o que nos dá o “descanso” do hesicasta. Quando ela se abriga em nosso coração, somos menos distraídos por pensamentos mundanos e nos voltamos mais sinceramente para o Senhor de nossos corações e do universo. Assim, as palavras de Jesus: “Felizes os corações puros: eles verão a Deus” (Mt 5,8) tornam-se reais em nossa oração. As tentações e as lutas continuam até o fim de nossas vidas, mas com um coração puro ficamos tranquilos, mesmo em meio a uma existência agitada.

Isso levanta o problema de como praticar a oração do coração em um ministério bastante agitado. É a essa questão de disciplina para a qual precisamos agora voltar a atenção.

Oração e Ministério

Como nós, que não somos monges nem vivemos no deserto, praticamos a oração do coração? Como ela influencia nosso ministério cotidiano?

A resposta a essa pergunta está na formulação de uma disciplina definitiva, uma regra de oração. Há três características da oração do coração que nos ajudam a formular essa disciplina:

A oração do coração alimenta-se de orações breves e simples.

A oração do coração é incessante.

A oração do coração inclui tudo.

Alimenta-se de Orações Breves

No contexto de nossa cultura verbosa, é significativo ouvir os monges do deserto nos aconselhando a não usar palavras em excesso:

“Perguntaram ao aba Macário: ‘Como se deve rezar?’ O ancião respondeu: ‘Não há, em absoluto, necessidade de fazer longos discursos; basta estender a mão e dizer: Senhor, como queres e como sabes, tem misericórdia. E se o conflito ficar mais ameaçador, dizer: Senhor, ajuda. Ele sabe muito bem do que precisamos e nos mostra sua misericórdia’”.

João Clímaco é ainda mais explícito:

“Quando rezar, não procure se expressar em palavras extravagantes pois, quase sempre, são as frases simples e repetitivas de uma criancinha que nosso Pai do céu acha mais irresistíveis. Não se esforce em muito falar, para que a busca de palavras não lhe distraia a mente da oração. Uma única frase nos lábios do coletor de impostos foi suficiente para lhe alcançar a misericórdia divina; um pedido humilde feito com fé foi suficiente para salvar o bom ladrão. A tagarelice na oração sujeita a mente à fantasia e à dissipação; por sua natureza, as palavras simples tendem a concentrar a atenção. Quando encontrar satisfação ou contrição em determinada palavra de sua oração, pare nesse ponto”.

Essa é uma sugestão muito útil para nós que tanto dependemos da capacidade verbal. A tranquila repetição de uma única palavra ajuda-nos a descer com a mente ao coração. (Também a base da OC, nota da autora do site). Essa repetição nada tem a ver com mágica. Não tem o propósito de enfeitiçar Deus, nem de forçá-lo a nos ouvir. Pelo contrário, uma palavra ou sentença repetida com frequência ajuda-nos a nos concentrar, a nos mover para o centro, a criar uma tranquilidade interior e, assim, a ouvir a voz de Deus. Quando simplesmente tentamos ficar sentados em silêncio e esperar que Deus nos fale, nos vemos bombardeados por intermináveis pensamentos e idéias conflitantes. Mas quando usamos uma sentença bastante simples como: “Ó Deus, vem em meus auxílio”, ou “Jesus, mestre, tem piedade de mim”, ou uma palavra como “Senhor” ou “Jesus”, é mais fácil deixar as muitas distrações passarem sem nos deixarmos iludir por elas. Essa oração simples, repetida com facilidade, esvazia aos poucos nossa vida interior apinhada e cria o espaço sossegado onde habitamos com Deus. É como uma escada pela qual descemos ao coração e subimos a Deus. Nossa escolha de palavras depende de nossas necessidades e das circunstâncias do momento, mas é melhor usar palavras da Escritura.
Fragmentos:http://www.padresdodeserto.net

sábado, julho 23

O Eremita

Um eremita passou sessenta anos afastado de tudo e de todos. Até então tinha levado uma vida de mortificações, alimentando-se somente de legumes e de uma erva venenosa, que crescia perto de sua choupana. Após tanto tempo, estava perdendo a coragem porque não fazia nenhum dos milagres extraordinários que, como haviam lhe contado, faziam os outros Padres do deserto. Resolveu, portanto, deixar a solidão e ir morar na cidade para conduzir uma vida mais cômoda. Mas Deus vigiava e, antes que realizasse o seu plano, enviou-lhe um anjo que lhe disse: “O que você pensa e o que você fala? Quais maravilhas podem superar o milagre da sua vida? Quem lhe deu as forças para agüentar todos estes anos neste lugar? Quem abençoou a erva venenosa com a qual se alimenta e faz que se torne inofensiva? Fique no lugar onde está e rogue a Deus que lhe dê a humildade”.

Fortalecido pelas palavras do anjo, o santo eremita ficou naquele lugar até o dia de sua morte.Talvez a maior tentação que experimentamos hoje seja o desânimo, no sentido de achar já perdida a luta contra o mal. Nesse caso, é sinal que o joio já contaminou a nossa esperança. Ao contrário, ser cristãos realistas significa ter consciência da força do bem, mas, ao mesmo tempo, da força do mal e, com isso, das nossas limitações humanas. Podemos errar e deixar crescer em nós mesmos mais o joio do que o trigo.

Ainda bem que o Senhor, na sua bondade, nos dá o tempo necessário para crescermos. E, sobretudo nos garante que a semente é boa e os frutos também serão bons. Ele nos dá a força para continuarmos no caminho certo apesar das dificuldades, das tentações e dos fracassos. É como a erva venenosa do eremita da história. Quem dava um jeito para que não o matasse? O bom Deus! Conviver com as coisas erradas é difícil, mas não ser sufocados e nem desanimar é mais obra de Deus do que nossa. “Não tenhais medo” repetiu tantas vezes Jesus.

Nada de desejar uma vida mais cômoda, com menos dificuldades. Vamos nós também ficar onde estamos, enraizados no Senhor Jesus, combatendo o bom combate do amor, da justiça e da paz. O Reino é de Deus e vai crescer como a semente de mostarda que se torna árvore e a massa que recebe o fermento.

Pão dos Pobres


Parece-me que a linha de evangelização da Igreja Católica tem se tornardo acomodada por parfte da Teologia da Libertação em não ter se expressado tão fortemente como na época de Dom Helder Câmara,Oscar Romero,Leonardo Boff e tantos outros que gritavam em favor da pobresa e da marginalização de um povo oprimido.Por outro lado vemos uma Igreja que se levanta e com discursos direcionados muitas vezes as classes médias e altas do nosso País, como é o caso da RCC onde alguns meios de comunicação católica não têem valorizado a pessoa dos mais simples e indefesos q vivem à margem da sociedade.Sou RCC mas acho que devemos buscar a salvação do homem por completo.Enquanto nos preocupamos com a alama esquecemos de uma legião empobrecidos que passam fome e não podem se expressar.


Dom Helder falava para os pobres e mostrava a mensagem do Evangelho que liberta o homem da opressão do pecado e das garras ded um sistema sócio-político-econômico que sempre marginaliza e oprime o ser humano.

Frases de Dom Helder:

" Ninguém é tão pobre que não tenha o que oferecer
e ninguém é tão rico que não precise de ajuda ".

"... quando dou pão aos pobres,
chamam-me de santo, quando
pergunto pelas causas da pobreza,
me chamam de comunista . "...

" É a graça divina começar bem.
Graça maior persistir na caminhada certa.
Mas graça das graças é não desistir nunca ".
(D. Hélder Câmara 1909-1999)

" Nessa vida queria ser como uma poça de água, para assim refletir o céu."(Dom Hélder Câmara).

"Feliz de quem atravessa a vida inteira tendo mil razões para viver."

“Quando sonhamos sozinhos é só um sonho; mas quando sonhamos juntos é o início de uma nova realidade”.

“Pobreza é suportável, mas miséria é uma acinte à natureza humana”.

“Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo...”

“Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio...”

“Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante ...Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo...”
Fragmentos fonte: F.de São Paulo

Aparição de Nossa Senhora dos Pobres


A aldeia de Banneux, na Bélgica, encontra-se a 25 km da cidade de Lieja. O local não possui nenhuma atração turística. Na rodovia que vai de Louveigné a Pepinster, a um quilômetro da igreja paroquial, encontra-se uma modesta casa de operários onde vive a família Becó. Úmido e pantanoso, o lugar é conhecido como "La Fange". Diante da casa há uma pequena horta.
Em 1933, a família compunha-se dos pais e doze filhos. A mais velha, Mariazinha (Mariette Beco). Era a mais velha de seus 11 irmãos, nascera a 25 de março de 1921. A família de Mariette não praticava a religião, sendo seus membros católicos apenas de nome. Nesse ambiente, que não era hostil à religião mas vivia num clima de indiferentismo religioso, a vidente fizera a primeira comunhão e por vezes rezava, antes de dormir, algumas orações num Rosário que havia encontrado por acaso.

No dia 15 de janeiro de 1933, um domingo de inverno repleto de neve, Mariazinha, por volta das sete horas da noite, olha pela vidraça da janela da cozinha seu irmão Juliano que retorna após ter saído com seus companheiros.
Repentinamente a menina vê uma formosa Senhora, toda resplandecente. É a Santíssima Virgem que a convida a aproximar-se. A mãe a proíbe e a Senhora desaparece. Três dias depois, novamente às sete horas da noite, Mariazinha sai de sua casa e a Virgem lhe aparece pela segunda vez.
A aparição retorna outras seis vezes, a partir de 15 de janeiro até o dia 2 de março. Revela-se como a Virgem dos Pobres e manifesta a Mariazinha o desejo de que se construa uma capela e se reze muito.
Também afirma que uma fonte de água está à disposição de todos, especialmente dos enfermos. Finalmente revela-se como a Mãe de Deus.
Aparição, surpresa e receio

Na noite de 15 de janeiro de 1933, Mariette, enquanto cuidava de um irmãozinho, olhava pela janela à espera de outro irmão. Viu ela então, através da janela, uma senhora no jardim da casa. Pensando tratar-se de um reflexo da lâmpada no vidro sobre a mesa, moveu-o do lugar onde estava. Apesar disso, a visão persistia.
Sentindo medo, chamou a mãe, dizendo que havia uma senhora no jardim da residência. A mãe ordenou-lhe que se calasse. Mariette insistiu: “Mamãe, parece que é a Virgem”. A mãe não acreditou mas ficou preocupada, porque a menina não falava de coisas religiosas. Acercou-se então da janela e nada percebeu. A criança exclamou: “Mamãe, é a Virgem, Ela está sorrindo”. A mãe retrucou: “É uma bruxa”.
Mariette continuou vendo a Santíssima Virgem, que lhe fez um gesto para ir até o jardim. Mas a mãe não a deixou sair e trancou a porta. Quando Mariette retornou à janela, Nossa Senhora havia desaparecido.
Assim terminou a primeira aparição. À noite, ao comentar o episódio em casa, ninguém acreditou na menina.
No dia seguinte, Mariette contou o fato à sua melhor amiga, que também não acreditou mas aconselhou-a a narrar tudo ao pároco. Este pensou que o fato fosse conseqüência das recentes aparições em Beauraing, e, sem negar o ocorrido, aconselhou prudência. Entretanto, dias depois, o sacerdote ficou deveras surpreso com a volta de Mariette ao catecismo, após três meses de ausência. Mais ainda: Mariette, anteriormente a menos interessada nas aulas, agora respondia bem às perguntas e interessava-se muito pela religião.
O sacerdote, de modo prudente, chamou discretamente a menina e pediu-lhe para repetir o que tinha visto. Sem parecer dar importância ao acontecido, deu-lhe conselhos e mandou um relatório ao bispo.

No dia 18 de janeiro, Nossa Senhora voltou a aparecer. Era noite e fazia muito frio: 12 graus abaixo de zero. Mariette, vendo novamente a Virgem, venceu o medo e a escuridão, saiu da casa e dirigiu-se ao jardim. Ajoelhou-se e ficou rezando aproximadamente 20 minutos em silêncio e olhando a Virgem. O pai foi atrás da filha, procurando falar com ela. Mas esta parecia não o ouvir. Então foi chamar o sacerdote do local e, como não o encontrou, deixou-lhe um recado. Voltou à casa e viu sua filha caminhando, como que seguindo Nossa Senhora, que a conduzia até uma pequena fonte. A Virgem ordenou-lhe então colocar as mãos na água. Quando a menina obedeceu, Nossa Senhora disse: “Esta fonte me está reservada. Até logo, boa noite”. E desapareceu por cima dos pinheiros.
Tendo recebido o recado, o sacerdote, Pe. Luiz Jamin, foi à casa da família Beco. Estava surpreso, pois sabia que essa família não praticava a religião. Ao chegar, Mariette já se encontrava dormindo. O pai relatou o acontecimento ao sacerdote e, ao terminar, pediu para confessar-se e comungar no dia seguinte. E de fato ele, que não comungava desde sua primeira comunhão, voltou à prática da religião.
A Virgem, nossa protetora

No dia seguinte, quinta-feira, 19 de janeiro, Mariette novamente viu a Santíssima Virgem. O pai, que nesse momento acompanhava a filha, nada percebeu. Mariette fez uma pergunta, usando uma graciosa fórmula: “Quem a senhora é, minha bela dama?”
— “Sou a Virgem dos pobres”, respondeu a aparição.
A menina indagou por que a fonte estava reservada a Ela. A Mãe de Deus explicou que a fonte estava reservada para os enfermos de todas as nações.
Em oito posteriores aparições, Nossa Senhora afirmou que Ela era a Mãe do Salvador e pediu para se rezar muito. Revelou um segredo a Mariette, que esta não contou. No local das aparições foi erigida uma capela, conforme o pedido da Virgem, sendo até hoje local de contínuas peregrinações.
Rezar pelas conversões
O aspecto que mais chamou a atenção nessas aparições foram as conversões que elas ocasionaram. Não foram milagres físicos, mas sim milagres espirituais. Pessoas que haviam abandonado a Religião católica voltaram a praticá-la. A família Beco voltou à prática da religião, e com isso passou a desfrutrar de todos os benefícios espirituais.
Nossa Senhora apareceu e disse poucas palavras, mas sua presença despertou na vidente e em muitas almas o interesse e a alegria pelas coisas do Céu. Uma lição para nós. Se desejamos que nosso próximo volte à prática da religião, devemos apresentar-lhe as maravilhas do Céu, as belezas da prática da virtude, falar-lhe de Nosso Senhor Jesus Cristo e de sua Santíssima Mãe
Em 1949 o bispo de Lieja, Dom Kerkhofs, reconhece oficialmente a verdade das aparições de Banneux, onde se constrói um santuário muito freqüentado não somente por fiéis belgas como de outros países da Europa. Inúmeros templos surgiram depois em diferentes partes em honra da "Virgem dos Pobres".
Nossa Senhora dos Pobres, rogai por nós!
http://www.prestservi.com.br

Amar os Pobres de Cristo



Enquanto vivemos numa sociedade repleta de egoísmo onde a busca pelo bem próprio é questão de honra, sabemos que no mundo inteiro milhões de pessoas morem de fome. Que o coração dos mais fortes e ricos estão cada vez mais endurecidos e insensíveis à causa dos mais pobres, desfavorecidos e miseráveis.

A Igreja Católica tem dado grandes avanços e os carismas que nascem vão aos poucos semeando o amor de Jesus nos lugares mais distantes e de situações emergenciais como na Africa,no Nordeste Brasileiro e nas periferias, assim como na América latina.
Vamos acompanhar alguns trabalhos missionários de algumas congregações religiosas missionárias que estão evangelizando os pobres de Cristo Libertador.



Então, será que dá para o nosso coração ficar em paz diante de tanto sofrimento dos nossos irmãos africanos?
Veja como os missionários combonianos vivem na missão no meio desse povo. Assim também nós precisamos nos encorajar e pedir para que Jesus nos faça mais humanos e fraternos.


PAZ E BEM!!!

Padre Josimo Tavares - Um Mártir


Era 10 de maio de 1986. Passava das 15 horas. Ele subia a escada do prédio da Diocese, ao lado da Igreja matriz, no centro nervoso da cidade de Imperatriz, MA. Um pistoleiro, ao pé da escada, chama seu nome. Ao virar-se para atender, tiros são disparados e levam-no ao chão. Martirizado, é conduzido ao hospital, vindo a morrer momentos depois. Desta maneira brutal, injusta, perversa, diabólica, chega ao fim a breve, mas intensa vida do padre Josimo Moraes Tavares.

Nascido em Marabá, PA, em 1953, filho de lavadeira, o parto aconteceu na própria tábua de lavar roupas, às margens do Rio Araguaia, onde sua mãe trabalhava. Com dois anos de idade seu pai abandonou a família, tendo sua mãe mais dois irmãos. Lutando para sobreviver, dona Olinda migrou para Xambioá, GO. Ali, Josimo estudou, com apoio da igreja e depois, sentindo-se vocacionado para o ministério sacerdotal, transferiu-se para o seminário menor, em Tocantinópolis, GO, sede da prelazia.

Pobre, negro, sem pai, muito tímido, Josimo conseguiu estudar com enormes dificuldades. Vendo seu desenvolvimento, o bispo o encaminhou para Brasília, onde continuou sua formação. Depois seguiu para Aparecida do Norte, SP, e finalmente Petrópolis, onde foi aluno de Leonardo Boff.

Concluída a formação, Josimo retornou a Xambioá, tendo sido ordenado padre em 20/01/1979. Passou a servir numa localidade vizinha, Wanderlândia, como vigário auxiliar e diretor do Colégio Nossa Senhora da Conceição. (Neste estabelecimento de ensino, a vida deste redator, que estudava a quinta-série, se cruza com a do padre Josimo).

Após três anos de intenso trabalho pastoral e profético, Josimo conquistou muitos amigos e admiradores e alguns inimigos e desafetos, devido sua postura evangélica em favor dos pobres, da justiça e contra todo tipo de opressão. Transferido para a região do Bico do Papagaio, no extremo norte do então Estado de Goiás (hoje Estado do Tocantins), Josimo continuou seu ministério, na igreja e na Comissão Pastoral da Terra, educando, formando e organizando os trabalhadores.

Simples, afetivo e acolhedor, trajando geralmente calça jeans ou de tergal, camiseta e sandália havaiana (até mesmo no altar, celebrando missas), assim era Josimo. Um pobre entre os pobres. Um homem de Deus, a serviço do Reino, dedicado aos pobres e injustiçados.

Essa maneira de compreender Jesus de Nazaré e viver a serviço de Deus, levou Josimo a ser morto pelas estruturas da violência, do coronelismo, da morte, com a discreta omissão dos poderes da Nova República. Tantas vezes o presidente José Sarney e o ministro da justiça foram notificados de que o padre corria risco de vida, mas nada efetivamente foi feito! Em 10 de maio de 2006, recordou-se, tristemente, os 20 anos do assassinato do padre Josimo Moraes Tavares, quando tinha apenas 33 anos de vida!

Sua luta pastoral, entretanto, não foi em vão. Embora haja muita terra a ser possuída, muita dignidade a ser construída, muita justiça a ser executada, pergunte-se aos moradores de Sampaio, Buriti e outras localidades do extremo norte do Tocantins, para entender a dimensão do trabalho do padre Josimo.

Quanto ao assassino e mandantes do crime, embora tenham sido identificados, permanecem impunes.

Josimo morreu. É uma perda que nunca será reconquistada, mas sua vida pacífica continua como semente e fonte de inspiração para tantos que lutam por justiça e dignidade, nesta nossa terra marcada pela violência e injustiça, mas também pela teimosia da esperança.

Por:Clemir Fernandes
Clemir Fernandes é formado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul, em Ciências Sociais pela UFF e mestre em Sociologia pela UERJ. É professor de Teologia e Ciências Sociais em faculdades e seminários do Rio de Janeiro. É também pesquisador do Instituto de Estudos da Religião (ISER), redator da revista de estudos bíblicos Compromisso (Juerp/Convenção Batista Brasileira), integrante da coordenação executiva da Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS) e coordenador da RENAS Rio. É membro da diretoria da Fraternidade Teológica Latino Americana-Brasil e atual coordenador do núcleo do Rio de Janeiro.

Unidade na Diversidade

Unidade na Diversidade


Cada gesto orante
De fé e acção
Pela Unidade,
Se transforme em gotas
De água refrescante
Que, a todo o instante,
Regue os corações
Sedentos de paz,
De toques de amor,
De gotas que sarem
O ódio e a inveja,
Terreno espinhoso
Que não produz flores,
Belas, perfumadas,
De todas as cores,
De modo a acabar
Com as divisões
Que fomentam guerras
Entre gerações,
Povos e nações.

Só o amor é fonte
Da oração ponte
Para a Unidade,
Em Deus que é só um
E diz Seu Amor
Na Diversidade
Da Humanidade,
Convidando todos
Para a Comunhão
De Amor e Verdade.

Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 19. 01. 08

terça-feira, julho 19

São Miguel o Primeiro Adorador

"Creio em Deus Pai todo-poderoso!" Depois desta primeira e fundamental afirmação, da qual dependem todos os outros artigos do Credo, proclamamos em seguida "o começo da história da salvação" (2): "Criador do Céu e da terra!"

O mistério da criação

Deus, Ser absoluto e eterno, não precisava de nenhuma criatura que Lhe rendesse homenagens e reconhecesse sua grandeza sem limites. Entretanto, em sua misericórdia, quis criar, não para aumentar a própria glória, intrínseca e sempiterna, mas para manifestar seu amor todo-poderoso e "comunicar sua glória" (3) aos seres por Ele criados, fazendo-os participar de sua verdade, sua bondade e sua beleza.

Uma imensa multidão de criaturas diversas e desiguais - seres visíveis e invisíveis, inteligentes ou desprovidos de razão, dispostos numa maravilhosa hierarquia - constituiu então a Ordem do universo, reflexo da perfeição adorável do Ser infinito, que só se manifestaria totalmente, na plenitude dos tempos, por seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, o Verbo eterno encarnado.

Explica o Doutor Angélico que "todo efeito representa algo da sua causa" (4). Assim, em todas as criaturas podemos encontrar vestígios da eterna Sabedoria que as tirou do nada: nos astros que enchem as vastidões do firmamento e cujas constelações encontramse separadas, às vezes, por milhões de anos-luz; nos diminutos grãos de areia, jamais iguais entre si, que cobrem desertos e praias; na variedade assombrosa de vegetais, que vai da "erva do campo que hoje existe e amanhã é queimada" (Mt 6, 30) às seculares sequóias e jequitibás; no admirável instinto dos insetos, na fidelidade quase inteligente de um cão, na delicadeza virginal de um arminho, nos milhares de micróbios que podem pulular numa gota de água... Mas quis Deus espelhar-se sobretudo no homem, criando-o à sua imagem. E ao constituí-lo um composto de corpo corruptível e alma imortal, o tornou elo de ligação entre a matéria e o mundo espiritual.

O mundo angélico

Porém, no alto desta grandiosa hierarquia, "superando em perfeição todas as criaturas visíveis" (5), colocou Deus a natureza angélica: espíritos puros, inteligentes e capazes de amar, cheios da graça divina desde o início de sua existência, na aurora da primeira manhã da criação. Distribuídos e ordenados por Deus em nove coros (6) - Serafins, Querubins, Tronos, Dominações, Virtudes, Potestades, Principados, Arcanjos e Anjos - constituem o exército da celeste Jerusalém e receberam a tríplice missão de perpétuos adoradores da Santíssima Trindade, executores dos divinos desígnios e protetores do gênero humano.

Imensa e incalculável é esta corte do Senhor. "Porventura podem ser contadas as suas legiões?", pergunta o livro de Jó (25, 3). E o profeta Daniel, abismado, escreveu: "Eram milhares de milhares os que o serviam, e mil milhões os que assistiam diante d'Ele" (Dn 7, 10). Entretanto, cada um desses espíritos possui uma personalidade própria, inconfundível e específica, não havendo sido criado um igual ao outro (7).

O primeiro dos anjos

A tanta diversidade e esplendor quis Deus colocar um ápice, um ponto monárquico, um ser que espelhasse de modo inigualável a luz eterna e inextinguível. Maravilha dentre as maravilhas, obra-prima do mundo angélico, fulgurava no mais alto dos coros e todos extasiavam-se diante dele. "Tu és o selo da semelhança de Deus, cheio de sabedoria e perfeito na beleza; tu vivias nas delícias do paraíso de Deus e tudo foi empregado em realçar a tua formosura!" (cf. Ez 28, 12-13).

Sendo o primeiro dos serafins, iluminava todos os espíritos celestes com os reflexos da divindade que sua inteligência ímpar discernia com o auxílio da graça. Lúcifer era seu nome: o que levava a luz...

A prova dos espíritos celestes

Entretanto, antes de poder contemplar, por toda a eternidade, a essência de Deus, deviam os anjos passar por uma prova, e apesar da altíssima perfeição da sua natureza, "não podiam dirigir-se a esta bem-aventurança por sua vontade, sem ajuda da graça de Deus" (8).

Diante deles a face do Ser infinito permanecia como que envolta em penumbras e só seus reflexos eram capazes de alimentar o ardente amor das legiões do Senhor.

Segundo afirmam Tertuliano, São Cipriano, São Basílio, São Bernardo e outros santos, a prova que decidiu o destino eterno dos espíritos angélicos foi o anúncio da Encarnação do Verbo, Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, o qual haveria de nascer da Virgem Maria.

Podemos imaginar, então, que um frêmito de assombro percorreu as fileiras das milícias celestes ao conhecerem intuitivamente, por uma ação de Deus, o plano da Salvação: o Criador eterno, inacessível, todo-poderoso, se uniria hipostaticamente à natureza humana, elevando-a assim até o trono do Altíssimo; e uma mulher, a Mãe de Deus, tornar-se-ia medianeira de todas as graças, seria exaltada por cima dos coros angélicos e coroada Rainha do universo!

O inexplicável surgia diante dos anjos como sendo o píncaro e o centro da obra da criação.

A prova havia chegado. Amar sem entender! Amar sobre todas as coisas ao Deus Altíssimo que numa sublime manifestação de seu amor havia tirado do nada todas as criaturas! Reconhecer, num supremo lance de adoração e submissão, a superioridade infinita da Bondade absoluta e eterna! Era este o ato que confirmaria os espíritos angélicos na graça divina e os introduziria na visão beatífica para todo o sempre.

A primeira revolução da História

Lúcifer, porém, duvidou diante de um mistério que ultrapassava seu angélico entendimento. Será que Deus ignorava a natureza perfeitíssima dos anjos e preferia unir-Se a um ser humano, tão inferior a eles na ordem das criaturas? Ele, o mais alto dos serafins, seria compelido a adorar um homem? "Esta união hipostática do homem com o Verbo pareceu-lhe intolerável e desejou que fosse realizada com ele", afirma Cornélio a Lápide (9). Sim, só a ele mesmo, Lúcifer, "o perfeito desde o dia da criação" (Ez 28, 15), deveria Deus unir-Se e deste modo constituí-lo como o mediador único e necessário entre o Criador e as criaturas. Assim, "aquele que do nada havia sido feito anjo, comparando-se, cheio de soberba, com o seu Criador, pretendeu roubar o que era próprio do Filho de Deus", conclui São Bernardo (10).

"O anjo pecou querendo ser como Deus" (11) e o príncipe da luz tornou- se trevas.

Fez-se ouvir o primeiro grito de revolta da história da criação: "Não servirei! Subirei até o Céu, estabelecerei o meu trono acima dos astros de Deus, sentar-me-ei sobre o monte da aliança! Serei semelhante ao Altíssimo!" (cf. Is 14,13-14).

O defensor da glória de Deus

Ecoou, então, um brado no Céu: "Quem como Deus?"

Entre o anjo revoltado e o trono do Todo-Poderoso erguia-se "um dos primeiros príncipes" (Dn 10, 3), um serafim incomparavelmente mais esplendoroso e forte do que havia sido "o que levava a luz".

Quem era este que ousava desafiar o mais alto dos anjos e agora refulgia invencível, revestido do "poder da justiça divina, mais forte que toda a força natural dos anjos" (12)?

Quem era este? Chama viva de amor, labareda de zelo e humildade, executor da divina justiça.

"Quem como Deus?" - Milhões de milhões dos espíritos celestes repetiram o mesmo brado de fidelidade.

"Quem como Deus?" - Este sinal de fidelidade, que em hebraico se diz Mi-ka-el, passou a ser o nome daquele serafim que por sua caridade ímpar foi o primeiro a levantar-se em defesa da Majestade ofendida.

Michael, Miguel: nome que exprime, em sua sonora brevidade, o louvor mais completo, a adoração mais perfeita, o reconhecimento mais cheio de amor da transcendência divina e a confissão mais humilde da contingência da criatura.

A primeira batalha de uma guerra eterna

"Houve no Céu uma grande batalha" (Ap 12, 7). Luta entre anjos e demônios, luta da luz contra as trevas, da fidelidade contra a soberba, da humildade e da ordem contra o orgulho e a desordem. "Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão, e o dragão com os seus anjos pelejavam contra ele" (Ap 12, 7).

Satanás, desvairado de orgulho e "obstinado em seu pecado" (13), "arrastou a terça parte" (Ap 12, 4) dos espíritos angélicos, submergindo-os consigo nas trevas eternas da revolta.

Porém, estes não prevaleceram, nem o seu lugar se encontrou mais no Céu. Foi precipitado aquele grande dragão, que se chama demônio e Satanás, e foram junto com ele os seus anjos (cf. Ap 12, 8-9) nos abismos tenebrosos do inferno (cf. 2Pd 2, 4).

Um imenso clamor encheu o universo: Como caíste do céu, ó astro resplandecente, que no nascer do dia brilhavas? (cf. Is 14, 12). A tua soberba foi abatida até os infernos! (cf. Is 14, 11).

E enquanto o serafim revoltado era visto "cair do céu como um relâmpago" (Lc 10, 18) e ser condenado ao fogo inextinguível, "preparado para ele e os seu anjos" (Mt 25, 41), São Miguel era elevado pelo Rei eterno ao píncaro da hierarquia dos anjos fiéis e se tornava o "gloriosíssimo príncipe da milícia celeste", como é designado pela liturgia da Santa Igreja Católica.

O novo campo de batalha

Restabelecida a ordem nos céus angélicos, o campo de batalha onde prosseguiu a luta entre a luz e as trevas passou a ser a terra dos homens. O anjo destronado conseguiu seduzir nossos primeiros pais a pecarem, como ele, contra o Altíssimo, querendo ser como deuses (cf. Gn 3,5), e o Senhor Deus declarou guerra ao tentador: "Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela" (Gn 3, 15).

A partir deste momento uma luta árdua contra o poder das trevas perpassa a história da humanidade. Iniciada na origem do mundo, vai durar até o último dia, segundo as palavras do Senhor. Inserido nesta batalha, o homem deve lutar sempre para aderir ao bem (14).

Neste combate, além das armas decisivas da graça de Deus, que recebemos superabundantemente por meio dos sacramentos, contam os homens com o auxílio e a proteção dos anjos. E ao príncipe da Jerusalém celeste corresponde a capitania de todas as legiões angélicas na luta contra as forças do inferno, pela salvação das almas. Assim, São Miguel continua na terra a luta triunfal que iniciou no Céu.

Protetor do povo eleito e da Santa Igreja

Foi São Miguel o anjo tutelar do povo de Israel.

Nas Sagradas Escrituras, é ele mencionado pela primeira vez no livro de Daniel. Este profeta, ao escrever as revelações recebidas do anjo Gabriel sobre o combate para libertar a nação eleita da servidão aos persas, afirma que ninguém a defenderá "a não ser Miguel, vosso príncipe" (Dn 10, 22). E acrescenta ao narrar as tribulações de épocas vindouras: "Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande príncipe, o protetor dos filhos de seu povo" (Dn 12, 1).

O serafim da fidelidade não cessou de proteger o povo de Israel e velar pela fé da Sinagoga até o momento supremo da morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Escureceu-se o sol e houve trevas, a terra tremeu, fenderam-se as rochas e o véu do Templo - monumental tecido de jacinto, púrpura e escarlate que cobria a entrada do impenetrável "Santo dos Santos" - rasgou-se em duas partes, de alto a baixo (cf. Mt 27, 51; Mc 15, 38; Lc 23, 45). Narra- nos o famoso historiador judeu, Flávio Josefo, que depois desses acontecimentos os próprios sacerdotes do Templo escutaram dentro do recinto sagrado uma misteriosa voz que clamava repetidas vezes: "Saiamos daqui!" (15).

São Miguel, a sentinela de Israel, abandonava definitivamente o Templo da Antiga Aliança, inútil agora, porque o único e verdadeiro sacrifício acabava de consumar-se no alto do Calvário. Do coração trespassado do Cordeiro Imaculado nascia a Santa Igreja, Corpo Místico de Cristo, Templo eterno do Espírito Santo. E a partir desse instante, Miguel o triunfador, o primeiro adorador do Verbo encarnado, tornou-se também o vigilante protetor da única Igreja de Deus.

A este respeito escreveu o cardeal Shuster: "Depois do ofício de pai legal de Jesus Cristo, que corresponde a São José, não há na terra nenhum ministério mais importante e mais sublime do que o conferido a São Miguel: protetor e defensor da Igreja" (16).
Autor do Artigo:Pe. Pedro Morazzani Arráiz, E.P
Fonte: Revista Arautos do Evangelho.

domingo, julho 17

O Jovem e a Secularização


Ensinando-nos que, renunciando a impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo. Tito 2:12-13

A sociedade atual exerce cada dia mais influência secularizadora sobre os membros de nossa igreja, em especial sobre os jovens, tão vulneráveis pela fase da vida em que vivem.

Diante desta grande influência, cabe aos líderes do ministério jovem conhecer suas fontes, suas conseqüências e principalmente os métodos para limitá-las.

A influência da secularização sobre os nossos jovens vem de três fontes especiais:



1. AMIGOS: Na busca da satisfação, identificação e reconhecimento, que falta na maioria das famílias, o jovem se entrega de “corpo e alma” ao convívio com os amigos. Para receber o que espera destes amigos é preciso ser como eles, ser diferente não gera amizades, nem chama atenção. É preciso ser mais igual que os iguais. Aí entra a pressão do grupo e suas conseqüências sem medida. Ceder à pressão do grupo “compra” amigos.



2. EDUCAÇÃO: Cerca de 80% de nossos jovens não estudam em nossas escolas, convivendo, desta forma, com mensagens e orientações que não tem nenhum fundamento religioso. Nesta fase em que se forma o caráter – as convicções e os pontos de vista – o jovem passa aproximadamente 25 horas na escola recebendo informações adaptadas à sua realidade, e 6 horas na igreja (se assistir todos os programas). Levando-se em conta que a maioria das famílias não realiza os cultos familiares e os jovens não tem estímulo para a comunhão pessoal, fica difícil competir.



3. TELEVISÃO: Já está comprovada a superioridade de influência das imagens sobre todas as outras formas de impressão mental. Analizando-se que cada indivíduo gasta em média 4 horas por semana assistindo televisão (os jovens mais do que isso), e o teor negativo (sexo, violência e ocultismo) de suas imagens, pode-se antever o poder de sua influência.

Como reflexo destas influências secularizadoras, podemos detectar:

1. Perda de interesse na participação;

2. Perda de interesse na igreja;

3. Rápida deserção devido a desapontamentos. Vêem o desacordo entre as palavras e práticas dos líderes;

4. Dentro da igreja – espírito de competição e não de colaboração.

Na vida dos jovens, o reflexo é mais abarcante e mais profundo, provocando alterações:

1. No estilo de vida: O vocabulário, a aparência pessoal, a alimentação, enfim, tudo passa a ser influenciado e se adaptar a uma nova realidade independente do ponto de vista religioso;

2. No comportamento: Surgem três formas de comportamento como resultado:

a. Os que ficam na estrada – São Adventistas porque é o meio. Levam uma vida religiosa fria e desinteressada;

b. Tentam conciliar o ambiente da igreja com o de fora;

c. Tem um pé dentro e outro fora.

3. Nas crenças: Não tem tanto envolvimento religioso, por isso, são inseguros na fé. Algumas de nossas crenças não parecem lógicas (2.300 anos, juízo, etc) e outras tornam-se interessantes e atrativas (autoridade da Bíblia, acontecimentos finais, etc). o resultado é a religião relativa, ou seja, tudo é relativo.

Como resultado final de toda esta influência:

1. Os jovens estão deixando a igreja. 60 a 80% dos nossos jovens abandonam a igreja e muitos nunca mais voltam.

2. Os jovens estão perdendo a identidade denominacional. Não há prazer em assumir a religião.

3. Está se enfraquecendo o espírito missionário.

4. A imagem pastoral está desaparecida. Existe pouco idealismo e desejo de ser um pastor, e isso passa a ser para quem não tem objetivos.

Diante de uma radiografia tão preocupante, a pergunta que surge é: O que fazer então, para manter nossos jovens dentro da igreja e limitar esta influência secularizada? Siga estas dicas:

1. Viva o amor de Deus no relacionamento com os jovens. Seja autêntico e amável. O jovem não quer ser julgado, mas amado e compreendido.

2. Desenvolva um trabalho efetivo na sociedade de jovens. Organize sua equipe, cadastre os jovens, e ofereça-lhes mais do que programas de Sábado à tarde. Abra um espaço para eles na igreja.

3. Seja sensível aos problemas dos jovens. Crie maneiras de tornar nossas mensagem e nossa igreja atrativos à realidade do jovem. Use muito os jogos (desafio), discussão (diálogo), estudos bíblicos profundos, claros e interessantes (crescimento).



Usando estas sugestões você não vai resolver um problema, mas diminuir o seu impacto sobre a vida dos jovens. Precisamos hoje de jovens fortes e incorruptíveis, e a formação dos mesmos depende muito de sua atuação.

Eucaristia e Confissão

Uma grande tentação é não fazer a vontade de Deus
Tua Palavra, Senhor, é mais penetrante que uma espada de dois gumes. Toca-nos, agora, Senhor, para que Tua Palavra possa trazer a vitória sobre qualquer espírito mau que queira nos enganar.

Eu acho que todos devem saber o que os romanos faziam quando derrotavam um império ou um general. O vencedor entrava de forma triunfante em Roma. E em meio àquela entrada triunfal, o general era aplaudido e louvado. E o general derrotado era amarrado à carruagem do vencedor. E isso era o máximo de humilhação para quem que havia sido derrotado.

Se olharmos Colossenses, veremos que São Paulo usa esse mesmo fato para falar da derrota do inimigo de Deus. Já foi dito várias vezes que o demônio já foi derrotado. Não precisamos temer nada. É verdade que o maligno é como um leão que ruge à nossa volta, tentando achar uma brecha e nos devorar. Mas por que ele continua a entrar nesse campo de batalha, uma vez que já foi derrotado? A intenção dele é diminuir a força do reinado de Jesus. Satanás continua a tentar enfraquecer aqueles filhos e filhas de Deus que fazem parte do Reino de Deus. E a experiência de muitos é esta: "Por que depois que comecei a seguir Jesus tenho mais tentações, me sinto mais oprimido que antes e tenho mais crises?"

Muitas pessoas, muitos cristãos, uma vez que tomam a decisão de seguir ao Senhor pensam que vão ter uma vida mais tranquila. Mas a verdade é o contrário, pois o demônio não tem interesse em atacar os que não são seguidores de Jesus. O interesse dele é colocar obstáculos na vida daqueles que decidiram seguir o Senhor. Os cristãos são as pessoas mais atacadas. Até os santos foram perseguidos.Seguir Jesus, num momento de entusiasmo, é fácil, mas continuar O seguindo nos momentos de sofrimento é difícil. Mas existe uma coisa, uma técnica que frequentemente o demônio usa para nos atacar: o desânimo, o desencorajamento. O inimigo de Deus virá tentá-lo quando você estiver se sentindo fraco, cheio de medos, com raiva, ansioso e triste. Ele é como um rato dentro em um duto. Você não o vê. Ele age durante à noite, esconde-se sem que ninguém o veja. Mas se você derramar uma chaleira de água quente lá onde ele está, ele vai ter de sair do buraco. Quanto mais louvamos a Deus, tanto mais o maligno não consegue suportar isso e foge.

O desânimo não vem de Deus, sempre vem do inimigo, daquele que nos faz desistir de seguir em frente.

Não temos por que temer o diabo, pois ele já foi derrotado. Ele é que tem de ter medo de você e de mim!A razão para isso é simples: nós somos filhos e filhas de Deus, herdeiros do Reino de Altíssimo. O maligno tem muita raiva, porque aquilo que foi dado a ele uma vez, agora é dado para nós. Ele tem raiva e ódio de nós por causa disso. Ele odeia a cada um de nós. E faz tudo para nos enganar, para que voltemos desencorajados e desanimados. Ele tenta nos enganar de várias maneiras.

É nosso papel lutar contra essas táticas que inimigo de Deus utiliza para nos desanimar. Outra tática usada por ele é nos apresentar meias verdades, porque o demônio é um mentiroso, enganador, trapaceiro. Ele nos apresenta algo que parece muito bom, quando, na verdade, é muito ruim.

O maligno diz que, por causa dos seus pecados, você não consegue fazer nenhuma tentativa para ser mais santo. E faz de tudo para que nós saiamos do caminho da vontade do Senhor. Muitas vezes, nós pensamos que tentações são apenas relacionadas ao sexo, à raiva, a sentimentos de ódio e vingança. Essas são grandes tentações. Mas temos de estar atentos a uma grande tentação que é não fazer a vontade de Deus. Ele ousou tentar Jesus a desobedecer ao Pai, quando O levou ao alto do monte e mostrou-Lhe as cidades, dizendo-Lhe que elas pertenciam a Ele.

Irmãos e irmãs, será uma luta até o fim de nossa vida, mas se nós usarmos as armas certas não precisaremos ter medo nenhum. A primeira arma é a Eucaristia. O inimigo treme diante do Corpo de Cristo, porque é sinal de humildade, enquanto ele luta para ter poder. Jesus Cristo quis, por um momento, aniquilar a Si mesmo, entrando nas espécies do pão e do vinho para ficar perto de nós. Uma outra arma forte contra o maligno é o sacramento da confissão, que é mais poderoso do que a própria oração do exorcismo.
Frei Elias Vella

O meu Sofrimento




Hoje eu fiquei pensando em tudo que acontece na minha vida. Os erros, as conquistas, as coisas que eu deveria ter feito e as deixei de fazer.

De repente olho e vejo em mim um mar de limitações e de defeitos que me impedem de realizar as coisas mais simples que eistem... Não, eu não quero viver sempre na depressão, não é bom, nada constrói... Sei que lá fora as pessoas andam sempre buscando algo de diferente mesmo sem pensar nas consequências. Por que será que as pessoas não buscam dentro de si mesmas as suas próprias realizações? Todos correm em desespero com espírito de ganância e ambição. Não buscam tempo para Deus e nem para os seus...

Eu às vezes pesno que sou eu o retrógrado, o arcáico e por viver carregando uma doença há dez anos não suporto mais sofrer vivendo de modo tão doloroso, mas ao mesmo tempo o meu sofrimento se torna suave, poisbusco em Deus o maior conforto e a água mais refrescante de todas as fontes: JESUS!

Como eu gostaria de dormir hoje logo ao amanhecer acordar e saber que já não estou mais com um enxerto renal dentro de mim, mas com os meus rins in nature, mas sei que só um milagre... É meu irmão, é triste quando você se sente impossibilitado de tocar o barco, de navegar no mar da vida. Como é cruel não poder ter forças para reagir em determinada situação!

Vai fazer dez anos que tragicamente perdi meus rins e passei por um calvário de quatro anos fazendo hemodiálise. Ah que dor, tantos tormentos eu passei e olhava para meu filhinho que só tinha apenas seis anos e eu sabia que ele poderia ficar sem mim a qualquer momento, pois é difícil demias resistir a tal tratamento. Aquelas agulhas enormes que penetram o braço e que sangra feito um animal quando tudo dar errado... Depois fiz o transplante renal e vivo até hoje com um transplante cheio de complicações e que e de tormentos... Mais o que fazer? Como reagir diante de tantos desafios?

Desculpa gente, não seu porque eu desabafei isso com vocês. Talvez por não suportar mais tanto sofrimento, angústia e solidão... Espero em Deus e que Ele venha como um bálsamo aliviar minha dor.

Paz e Bem!!!


Veja a resposta desse nosso irmão protestante.Imagine que igualzinho a ele existem outros que estão por aí espalhando essa "tese de teologia exegética". Como podemos viver um ecumenismo diante de pessoas tão rudes?

É lamentável como alguém se atreve a explicar em tão rudes e poucas palavras vazias algo tão profundo e milenar como é o tesouro da Tradição e da Doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana! Leia o texto e deixe seu comentário:

Resposta: O mais urgente problema com a Igreja Católica Romana é sua crença de que somente a fé em Cristo não é suficiente para a salvação. A Bíblia claramente e consistentemente afirma que recebendo a Jesus Cristo como Salvador, pela graça através da fé, nos é concedida a salvação (João 1:12; 3:16,18,36; Atos 16:31; Romanos 10:9-10,13; Efésios 2:8-9). A Igreja Católica Romana rejeita isto. A posição oficial da Igreja Católica Romana é que uma pessoa deve crer em Jesus Cristo E ser batizada E receber a Eucaristia junto com os outros sacramentos E obedecer aos decretos da Igreja Católica Romana E fazer boas obras E não morrer com qualquer pecado mortal E etc., etc., etc... A divergência do Catolicismo com a Bíblia nestes assuntos tão importantes como a salvação faz com que sim, o Catolicismo seja uma falsa religião. Se uma pessoa crê no que a Igreja Católica oficialmente ensina, ela não será salva. Qualquer afirmação de que obras ou rituais devem ser acrescentados à fé para se alcançar a salvação é uma afirmação de que a morte de Jesus não foi suficiente para comprar completamente a salvação.

Enquanto a salvação pela fé é a questão mais importante, se compararmos o Catolicismo Romano com a Palavra de Deus, há também muitas outras diferenças e contradições. A Igreja Católica Romana ensina muitas doutrinas que estão em contradição com o que a Bíblia declara. Entre elas estão a sucessão apostólica, a adoração a santos ou Maria, a oração a santos ou Maria, o papa/papado, o batismo de bebês, a transubstanciação, as indulgências plenárias, o sistema de sacramentos e o purgatório. Apesar da afirmação dos católicos de que há base nas Escrituras para estes conceitos, nenhum destes ensinamentos tem base sólida e clara nos ensinamentos das Escrituras. Estes conceitos são baseados em tradição católica, não na Palavra de Deus. De fato, todos eles claramente contradizem os princípios bíblicos.

A segunda pergunta, “Os católicos são salvos?”, é mais difícil de responder. É impossível dar uma afirmação universal a respeito da salvação de todos os membros de alguma denominação do Cristianismo. NEM TODOS os Batistas são salvos. NEM TODOS os Presbiterianos são salvos. NEM TODOS os Luteranos são salvos. A salvação é determinada pela fé pessoal somente em Jesus Cristo para a salvação, não por títulos ou identificação denominacional. Apesar das crenças e práticas não-bíblicas da Igreja Católica Romana, há crentes genuínos que freqüentam as Igrejas Católicas Romanas. Há muitos católicos que verdadeiramente colocaram sua fé somente em Jesus Cristo para a salvação. Entretanto, estes cristãos católicos são crentes, apesar do que a igreja católica ensina, e não por causa do que ensina. Em graus variáveis, a Igreja Católica ensina a partir da Bíblia e mostra às pessoas Jesus Cristo como o Salvador. Como resultado, as pessoas são às vezes salvas nas Igrejas Católicas. A Bíblia tem impacto sempre que proclamada (Isaías 55:11). Os cristãos católicos continuam na Igreja Católica por ignorância do que a Igreja Católica realmente significa, por motivo de tradição familiar e pressão de pessoas próximas, ou por desejo de alcançar outros católicos para Cristo.

Ao mesmo tempo, a Igreja Católica também leva muitas pessoas para longe de um genuíno relacionamento de fé com Cristo. As crenças e práticas não-bíblicas da Igreja Católica Romana têm frequentemente dado aos inimigos de Cristo oportunidade para blasfemar. A Igreja Católica Romana não é a igreja que Jesus Cristo estabeleceu. Ela não é a igreja que é baseada nos ensinamentos dos Apóstolos (como descrito no Livro de Atos e nas epístolas do Novo Testamento). Apesar das palavras de Jesus em Marcos 7:9 terem sido direcionadas aos fariseus, elas descrevem com precisão a Igreja Católica Romana: “Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição.”

Rejeições do Enxerto renal



Tipos de rejeição

R e j e i ç ã o H i p e r a g u d a: ocorre nas primeiras 24 horas
do pós-transplante, ou até mesmo durante a cirurgia. É
quando o receptor apresenta anticorpos dirigidos contra o rim transplantado antes mesmo do transplante,
causando a perda rápida e irreversível do órgão;
R e j e i ç ã o a g u d a : ocorre a partir do 3º dia após o
transplante, podendo acontecer a qualquer momento no curso do pós-transplante, sendo mais comum
nos três primeiros meses. É o tipo mais comum de
rejeição precoce, e a única para a qual existe tratamento efetivo;
Re j e i ç ão c rôni c a : ocorre ao longo da evolução do
transplante, levando à perda funcional lenta e progressiva do rim transplantado. A presença de prote-
ínas na urina é um indicador desta situação, sendo
seguida por um aumento da creatinina do sangue.
Há maior chance de ocorrer nos transplantes feitos a
partir de doadores mortos, de doadores vivos não
relacionados e em pacientes que apresentam episó-
dios de rejeição aguda.
Infecção
O uso de medicamentos imunossupressores torna
o receptor mais suscetível ao aparecimento de infec-
ções. Estes quadros infecciosos podem ser de origem bacteriana, viral, fúngica (micoses) ou de outros
microorganismos menos freqüentes.
Para prevenir as infecções utilizam-se antibióticos
de amplo espectro (por via endovenosa ou oral), imediatamente antes e depois da cirurgia e pelo tempo que for necessário.

quarta-feira, julho 13

A HUMILDADE
Um dos Padres disse dele: «Quem é esse John, que pela sua humildade tem toda cidade de Scete pendurada no seu dedo mínimo?»
Pai John, o Anão, disse: «Havia um homem muito espiritual que vivia uma vida reclusa. Ele era muito considerado na cidade e gozava de grande reputação. Disseram-lhe que um ancião, à beira da morte o chamava para abraçá-lo antes de adormecer. Ele pensou consigo, se eu for com a luz do dia, homens acorrerão atrás de mim, dando-me grande honra e não ficarei em paz com tudo isso. Então, irei à noite, na escuridão e passarei despercebido. Mas vejam só, dois anjos foram enviados por Deus com luzeiros para dar-lhe luz. Então a cidade inteira veio para fora para ver sua glória. Quanto mais ele desejava correr da glória, mais glorificado ele era. Nisso se cumpriu o que está escrito: 'Aquele que se humilha será exaltado'.» (Lc 14,11)
OBEDIÊNCIA
Foi dito de Pai John, o Anão que ele se retirou para viver no deserto de Scete com um ancião de Tebas. Seu Pai, pegando um pedaço seco de madeira plantou-o e disse a ele: «Molhe-o todos os dias com uma garrafa de água, até que dê fruto.» A água ficava muito distante e ele tinha que sair à noite e retornar pela manhã seguinte. Ao final de três anos a madeira reviveu e deu fruto. Então o ancião pegou alguns frutos e levou-os à igreja, dizendo aos irmãos: «Peguem e comam o fruto da obediência.»
SEDE DE DEUS
Pai Doulas, discípulo de Pai Bessarion disse: «Um dia, quando estávamos caminhando ao longo da praia, eu estava sedento e disse ao Pai Bessarion, 'Pai, estou com sede'. Ele rezou e disse-me, 'Beba um pouco da água do mar.' A água estava doce e eu bebi. Cheguei a pegar um pouco numa garrafa de couro, pois tive medo de ficar sedento mais tarde. Vendo isto, o velho homem perguntou-me porque eu estava levando água. Eu disse a ele: 'perdoe-me, é por medo de ficar com sede mais tarde.' E o ancião disse: 'Deus está aqui, Deus está em todo lugar'.»
Reflexão: Deus nos ajuda independente do lugar onde estivermos, pois em Deus não existe tempo.Ele é tudo em todos.Como também não devemos nos preocupar com o amanhã pois tudo pertence a Ele.

Havia nas celas um velho homem chamado Apollo. Se aparecia alguém chamando-o para ajudar em alguma tarefa, ele ia alegremente, dizendo: «Vou trabalhar com Cristo hoje, pela salvação de minha alma, pois esta é a recompensa que Ele dá.»

Uma realidade muito simples


Ao abrir o Evangelho, cada um pode dizer para si mesmo: estas palavras de Jesus são um pouco como uma carta muito antiga, que me foi escrita numa língua desconhecida; mas, como foi escrita por alguém que me ama, vou procurar compreender o seu sentido e vou desde logo tentar pôr em prática, na minha vida, o pouco que descobri…

No início, não importam os grandes conhecimentos. Claro que eles têm um grande valor. Mas é através do coração, nas profundezas de si mesmo, que o ser humano começa a descobrir o Mistério da Fé. Os conhecimentos virão a seguir. Não é tudo adquirido de uma só vez. Uma vida interior elabora-se passo a passo. Hoje, mais do que nunca, penetramos na fé avançando por etapas.


No mais profundo da condição humana repousa a espera de uma presença, o desejo silencioso de uma comunhão. Nunca esqueçamos: este simples desejo de Deus é já o começo da fé.

Além disso, ninguém consegue compreender sozinho todo o Evangelho. Todos podem dizer para si mesmos: nesta comunhão única que é a Igreja, o que eu não compreendo acerca da fé outros compreendem e vivem. Não me apoio apenas sobre a minha fé, mas sobre a fé dos cristãos de todos os tempos, os que me precederam, desde a Virgem Maria e os apóstolos até aos cristãos de hoje. E, dia após dia, disponho-me interiormente a confiar no Mistério da Fé.

Então compreende-se que a fé, a confiança em Deus, é uma realidade muito simples, tão simples que todos poderiam acolhê-la. É como um impulso, mil vezes sentido ao longo da nossa existência e até ao nosso último suspiro.

Irmão Roger, de Taizé

terça-feira, julho 12

São Tomás de Aquino e o estudo da inveja

São Tomás de Aquino e o estudo da inveja
A temática da inveja é contemplada por São Tomás de Aquino na II-II, qq. 23-46 da Suma Teológica, no tratado da virtude teologal da caridade. Logo após ter versado sobre a natureza dessa virtude, seu objeto, o seu ato principal e os atos consequentes ou efeitos da caridade, o Aquinate passa a tratar dos vícios opostos.
Todavia, não é somente na Suma Teológica que São Tomás de Aquino aborda esse tema. Na Quaestio Disputata De Malo, ele dedica principalmente as questões 8 e 10 para tratar da inveja. De acordo com Lauand (2007) estas “parecem ser questões disputadas em Roma durante o ano letivo 1266-67 ou, segundo outros críticos contemporâneos, em Paris, no ano letivo 1269-70″. Também encontramos referências sobre a inveja no comentário à primeira carta de São Paulo aos Coríntios, bem como em suas explicitações sobre o Salmo 36.
Na Catena Áurea, São Tomás compara a inveja a uma traça que corrói ocultamente as vestes, pois dilacera o amor e, por isso, desfaz a unidade (Catena Áurea. In Matt. 6,14). O Aquinate nos adverte que a inveja queima e tortura: “torturados de inveja, queimados de inveja” (Catena Áurea. In Mt cp 21 lc 4).
A inveja é cega: “Atingidos pela cegueira da inveja” (Mt 21 lc 1).
A inveja morde: “Alguns estavam mordidos de inveja” (Mt, 20).
A inveja dói: “Há certos pecados que são dores, como a acídia e a inveja” (In IV Sent. D 17, q 2. a 1, 5).
2.2. A inveja no âmbito da Teologia Moral
Convém ressaltar que, de acordo com Garrigou-Lagrange (2007, cap. 47), até o tempo de São Tomás de Aquino a teologia moral habitualmente seguia a ordem do Decálogo, em que os preceitos eram analisados debaixo do seu aspecto negativo. Entretanto, São Tomás seguia a ordem das virtudes teologais e morais, mostrando sua subordinação e interconexão. Essas virtudes ele as via como funções de um mesmo organismo espiritual, funções apoiadas pelos sete dons do Espírito Santo que são inseparáveis da caridade.
Para São Tomás, a teologia moral é primeiramente uma ciência de virtudes a serem praticadas e, apenas secundariamente, de vícios a serem evitados. Isto é algo muito maior do que a simples casuística ou a mera aplicação dos casos de consciência.
A teologia moral é identificada com a vida espiritual, com o amor de Deus e a docilidade ao Espírito Santo, pois é a virtude da caridade que anima e informa todas as outras virtudes. É por isso que São Tomás, só depois de demonstrar o que é a virtude da caridade, passa a analisar os vícios que lhe são opostos. Só então começa a tratar sobre a inveja. Para São Tomás, a inveja nasceu com o primeiro pecado cometido pelos Anjos que se rebelaram contra Deus.
Os anjos maus só podem ter acometido aqueles pecados ao quais se inclina sua natureza espiritual. Mas a natureza espiritual não se inclina aos bens próprios do corpo e sim aos que podem encontrar-se nas coisas espirituais, já que nada nem ninguém se inclina senão ao que, de algum modo pode convir à sua natureza. Logo, quando alguém se apega aos bens espirituais não pode pecar a não ser deixando de observar a regra do superior. E em não submeter-se à regra do superior naquilo que é devido, consiste precisamente o pecado de soberba. Portanto, o primeiro pecado dos anjos maus não pode ser outro se não o da soberba (Suma Teológica, I, q. 63, a. 2).
Torna-se claro na doutrina tomista que o primeiro e principal pecado é o orgulho ou soberba, pois é um pecado do espírito. Só a soberba e a inveja são pecados puramente espirituais, portanto, do âmbito possível dos demônios:
Sem embargo, por consequência, houve neles também o pecado de inveja. Em efeito, a mesma razão que possui o apetite para desejar uma coisa, a possui para rejeitar o contrário. Por isso, o invejoso doí-se com o bem do outrem, pois julga ser o bem alheio um obstáculo ao próprio. Mas o bem do outrem não pode ser considerado como um impedimento ao próprio bem que desejava o anjo mau a não ser porque queria uma grandeza única, que ficava eclipsada pela grandeza de outrem. É assim que após o pecado de soberba surgiu no anjo prevaricador o mal da inveja, porque não podia suportar o bem do homem e o da grandeza divina, uma vez que Deus serve-se do homem para a sua própria glória.