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"Não é nada humilde insistir em ser quem não somos.". (Thomas Merton)"»♥«

«Quaisquer que sejam teus sofrimentos, a vitória sobre eles está no silêncio.»(Abade Pastor) »♥«

sexta-feira, agosto 31

Apoftegmas - Abade Agatão

1. Disse o Abade Pedro, o discípulo do Abade Lote: «Estávamos certa vez na cela do Abade Agatão, quando foi ter com ele um irmão que dizia : «Quero morar com os irmãos; dize-me como hei de viver com eles». Respondeu-lhe o ancião : «Como no primeiro dia em que te chegares a eles, assim todos os dias da tua vida conserva a tua qualidade de estranho, de modo a não teres familiaridade com eles». Perguntou então o Abade Macário: «E que importa a familiaridade?» Respondeu-lhe o ancião : «A familiaridade se parece com um calor muito ardente, o qual, sempre que se produz, afugenta a todos e destrói os frutos das árvores». Interrogou o Abade Macário: «Tão daninha assim será a familiaridade?» Respondeu o Abade Agatão: «Não há outro afeto pior do que a familiaridade; com efeito, é a matriz de todas as paixões. É preciso que o operário 1 não experimente familiaridade, mesmo que viva a sós na cela. Sei que um irmão, tendo morado muito tempo em sua cela, onde havia um leitozinho, disse : 'Teria mudado de cela sem ter percebido nem mesmo o leitozinho, se outro não me tivesse chamado a atenção'. Um tal é realmente operário e guerreiro».

2. Disse o Abade Agatão: «É preciso que o monge não deixe que a consciência o acuse em coisa nenhuma».

3. Disse também: «Sem a observância dos preceitos divinos, o homem não progride em uma só virtude que seja».

4. Disse ainda: «Nunca adormeci tendo alguma coisa contra alguém; nem, enquanto o podia, deixei que alguém fosse dormir tendo algo contra mim».

5. A respeito do Abade Agatão diziam que o foram procurar alguns homens, os quais tinham

ouvido dizer que possuía grande discernimento. E, querendo experimentar se se enfurecia, disseram-lhe: «Tu és Agatão?» Ouvimos a teu respeito que és fornicador e soberbo». Respondeu: «De fato, assim é». Acrescentaram: «Tu és Agatão, o tagarela e difamador?» Respondeu: «Sou». Disseram mais : «Tu és Agatão, o herege?» Respondeu: «Não sou herege». Solicitaram-no, então, nestes termos: «Dize-nos por que é que aceitaste tão graves coisas que te dissemos; esta última, porém, não a suportaste». Respondeu-lhes: «Aquelas, eu as ponho em minha conta, pois são de proveito à minha alma; ser herege, porém, significa separar-se de Deus, e não me quero separar de Deus». Tendo ouvido isto, admiraram o seu discernimento, e foram-se edificados.

6 . Narraram do Abade Agatão que passou muito tempo a construir a cela com os seus discípulos; tendo-a terminado, retiraram-se nela para a habitar. Na primeira semana, porém, viu algo que não o edificava, e disse aos discípulos: «Levantai-vos, vamo-nos daqui». Ora estes perturbaram-se muito dizendo: «Se de qualquer modo já pensavas em te mudar, por que é que sofremos tão grande fadiga para construir a cela? De novo os homens, escandalizados por nós, hão de dizer : «Eis que os instáveis mais uma vez se mudaram». Vendo-os, então, pusilânimes, respondeu-lhes: «Se se escandalizarem alguns outros se edificarão, dizendo: «Bem-aventurados estes, pois, por causa de Deus, se mudaram e tudo desprezaram'. Quem, pois, quer vir, venha; eu agora me vou». Atiraram-se, então, por terra, rogando-lhe que lhes concedesse partir com ele, até que obtiveram licença.

7. Disseram também a respeito dele que, muitas vezes, mudava de pouso tendo apenas a sua foicezinha no cesto.

8. Perguntaram uma vez ao Abade Agatão o que é maior: o trabalho do corpo ou a disciplina interior (da alma). Respondeu o ancião: «O homem se parece com uma árvore: o trabalho do corpo é como que a folhagem, enquanto a disciplina da alma é como que o fruto. Pois que, conforme está escrito, 'toda árvore que não produz fruto bom, será cortada e atirada ao fogo' (Mt 3, 10), é evidente que todo o nosso esforço deve visar ao fruto, isto é, à disciplina da alma. Contudo também são necessários o envoltório e o ornamento da folhagem, que são o trabalho do corpo».

9. Perguntaram-lhe ainda os irmãos: «Qual a virtude, ó Pai, que entre as demais exige maior labor?» Respondeu-lhes: «Desculpai-me, julgo que não há labor igual ao da oração a Deus. Pois, todas as vezes que o homem quer orar, tentam os inimigos arredá-lo; bem sabem que não são suplantados por outro meio do que pela oração a Deus. Na prática de qualquer virtude que o homem assuma á si, se persevera, consegue tranquilidade; a oração, porém, até o último hálito requer luta».

10. O Abade Agatão era sábio de mente, diligente de corpo; em geral bastava a si mesmo, tanto no trabalho manual como na alimentação e no vestuário.

11. O mesmo caminhava com os seus discípulos, quando um destes encontrou na estrada um grãozinho verde de ervilha e perguntou ao ancião: «Pai, mandas que eu o recolha?» O ancião olhou-o com admiração e interrogou: «Fostes tu que aí o puseste?» Respondeu o irmão: «Não». E o ancião retrucou: «Como então queres recolher o que não puseste ?»

12. Um irmão foi ter com o Abade Agatão, dizendo : «Permite-me que habite contigo». Ora, quando caminhava pela estrada, encontrara pequena pedra de nitro, e a tomara consigo. Disse-lhe, pois, o ancião: «Onde encontraste esse seixo?» Respondeu o irmão: «Encontrei-o na estrada ao caminhar, e recolhi-o». Acrescentou o ancião: «Se vinhas habitar comigo, como ousaste recolher o que não havias semeado?» E mandou-lhe colocar de novo o seixo no lugar donde o tirara.

13. Um irmão dirigiu-se ao ancião, dizendo: «Um co preceito me foi dado, e, por causa dele, há luta em mim; queria sair para cumpri-lo, mas temo a luta». Disse-lhe o ancião: «Se estivesse Agatão em tuas condições, cumpriria o preceito e venceria a luta».

14. Reuniu-se na Cétia, para tratar de determinada questão, um conselho, o qual lavrou a respectiva sentença. Depois do mesmo, chegou-se o Abade Agatão aos monges, dizendo: «Não resolvestes o caso devidamente». Perguntaram-lhe: «Tu quem és para dizer uma palavra sequer?» Respondeu: «Sou filho de homem. Pois está escrito : 'Se, de fato, proferis a justiça, sentenciai o que é reto, ó filhos dos homens'» (Sl 57, 2).

15. Diziam do Abade Agatão que passou três anos com uma pedra na boca até que adquiriu o hábito do silêncio.

16. Referiam também dele e do Abade Amum que, quando vendiam algum objeto, diziam uma vez o preço, e, o que se lhes dava, recebiam-no em silêncio e tranquilidade. Igualmente, quando queriam comprar alguma coisa, davam com silêncio o que se lhes dizia e tomavam o objeto, sem proferir nada absolutamente.

17. O mesmo Abade Agatão disse: «Nunca dei um ágape2; mas o dar e o receber eram para mim ágape (refeição): julgava que o lucro de meu irmão é obra de frutificação» 3.

18. O mesmo quando queria julgar alguma coisa que via, dizia dentro de si: «Agatão, não faças o mesmo». Com isto se apaziguava a sua mente.

19. O mesmo disse: «O homem irascível, ainda que ressuscite um morto, não é agradável a Deus».

20. Em certa época, o Abade Agatão teve dois discípulos que, separadamente, levavam vida eremítica. Um dia perguntou a um : «Como vives em tua cela?» Respondeu-lhe: «Jejuo até o pôr do sol, e então como dois pãezinhos». Disse: «Eis um regime digno, que não acarreta muita fadiga». E ao outro interrogou: «Como vives tu?» Respondeu : «Jejuo dois dias, no fim dos quais como dois pãezinhos». Disse-lhe então o ancião: «Lutas intensivamente sustentando duas pugnas, pois, se alguém come todos os dias e não se sacia, luta. Outros há que querem jejuar dois dias e saciar-se; tu, porém, duplicas o jejum e não te sacias».

21. Um irmão interrogou o Abade Agatão a respeito da fornicação. Respondeu-lhe este: «Vai, atira diante de Deus a tua fraqueza, e encontrarás sossego».

22. Certa vez adoeceram o Abade Agatão e outro dos anciãos. Ora, estando eles deitados na cela, um irmão lia o livro do Gênesis e chegou ao capítulo em que Jacó diz: «José não está, Simeão não está, e a Benjamim haveis de levar; assim fareis chegar em tristeza a minha velhice ao túmulo» (Gên 42, 36). Falou então o ancião: «Não te bastam os outros dez, ó Pai Jacó?» Disse o Abade Agatão: «Cala-te, ancião; se Deus tem alguém por justo, quem é que há de condenar?»

23. Disse o Abade Agatão: «Se alguém me fosse extremamente caro, e eu soubesse que ele me leva ao pecado, eu o afastaria de mim».

24. Disse também: «É preciso que, a toda hora, o homem se recorde do juízo de Deus».

25. Estando os irmãos a falar sobre a caridade, perguntou o Abade José: «Sabemos nós o que é caridade?» E contou, a respeito do Abade Agatão, que este tinha um canivete; foi ter com ele um irmão, o qual se pôs a louvar o objeto; o Abade, então, não o deixou partir sem que tivesse aceito o canivete».

26. Dizia o Abade Agatão: «Se me fosse possível encontrar um leproso e dar-lhe o meu corpo em troca do corpo dele, fá-lo-ia com prazer. Pois esta é a caridade perfeita».

27. Também dizia dele que, certa vez tendo ido à cidade para vender seus artefatos, encontrou na praça pública um homem atirado por terra, doente, o qual não tinha quem dele tratasse. Ora o ancião permaneceu com ele, tomando uma morada de aluguel, com o trabalho de suas mãos pagava o aluguel e as demais coisas de que necessitava o doente. Assim se deixou ficar quatro meses, até que estivesse curado o enfermo. Depois do que, o ancião voltou para a sua cela em paz.

28. Contava o Abade Daniel: «Antes que o Abade Arsênio viesse ter com meus Pais, também estes permaneciam com o Abade Agatão. Ora o Abade Agatão gostava do Abade Alexandre porque este era lutador4 e diligente.

Aconteceu que todos os discípulos de Agatão lavavam os seus fios de tear no rio; também o Abade Alexandre lavava diligentemente. Os outros irmãos, porém, disseram ao ancião: «O irmão Alexandre nada faz». O mesmo, querendo curá-los, disse-lhe: «Irmão Alexandre, lava bem, pois são fios de linho». Alexandre, tendo ouvido isto, entristeceu-se. Depois, porém, o ancião consolou-o, dizendo: «Então não sabia eu que trabalhas zelosamente? Todavia, disse-te aquilo, em presença deles, a fim de curar a sua mente pela tua obediência, irmão».

29 . A respeito do Abade Agatão narraram que se esforçava por cumprir todas as ordens. Quando navegavam em barco, era ele o primeiro a agarrar o cabo do remo; quando irmãos iam ter com ele, logo depois da oração, punha a mesa com as próprias mãos; com efeito, era cheio do amor de Deus. Quando estava próximo da morte, ficou três dias de olhos abertos e fixos. Os irmãos, então tocaram-no, dizendo: «Abade Agatão, onde estás?» Respondeu-lhes: «Estou colocado diante do tribunal de Deus». Perguntaram-lhe: «Também tu temes, ó Pai?»Respondeu-lhes: «Até agora fiz o que pude para observar os mandamentos de Deus; sou homem, porém; como hei de saber se meu esforço agradou a Deus?» Disseram-lhe os irmãos: «Não tens confiança em teu labor, executado conforme Deus?» Retrucou: «Não terei confiança, antes de me encontrar com Deus; pois um é o modo de julgar de Deus, outro o dos homens». Como o quisessem interrogar de novo, disse-lhes: «Praticai a caridade, não faleis mais comigo, pois estou atarefado». E morreu com alegria. Com efeito viam que ele partia como alguém que saúda os amigos e bem-amados. Tinha grande vigilância em tudo, e dizia: «Sem grande vigilância o homem não progride numa virtude sequer».

30. Certa vez o Abade Agatão dirigiu-se à cidade a fim de vender pequenos objetos, e encontrou um leproso à margem da estrada. Perguntou-lhe o leproso: «Aonde vais?» Respondeu o Abade Agatão: «Para a cidade a fim de vender objetos». Disse-lhe: «Sê caridoso, e leva-me para lá». Agatão, tomando-o nos braços, levou-o para a cidade. Rogou-lhe então o outro: «Onde venderes os objetos, lá coloca-me». Ele assim fez. Quando acabou de vender um objeto, perguntou-lhe o leproso: «Por quanto o vendeste?» Respondeu: «Por tanto». Disse-lhe o leproso: «Compra-me um pão». E aquele o comprou. E de novo vendeu outro objeto. Interrogou então o leproso: «E este, por quanto o vendeste ?» Respondeu : «Por tanto». E o mesmo retrucou : «Compra-me isto». Aquele comprou. Ora, quando terminou de vender todos os seus objetos e se queria ir, disse-lhe o leproso: «Vais embora?» Respondeu: «Sim». E aquele: «Sê de novo caridoso, e reconduze-me aonde me encontraste». E Agatão, tomando-o nos braços, carregou-o para seu antigo lugar. Este então lhe disse: «Bendito és, Agatão, pelo Senhor no céu e na terra». E o Abade, levantando os olhos, a ninguém viu. Com efeito, fora um anjo do Senhor que descera a fim de o experimentar.

Apoftegmas - Abade Arsênio

1. Quando ainda morava no palácio, o Abade Arsênio ora a Deus dizendo: «Senhor, dirige-me de modo que seja salvo». E desceu a ele uma voz que dizia: «Arsênio, foge dos homens, e serás salvo».

2. O mesmo, tendo-se retirado para a vida solitária, orou de novo, proferindo a mesma prece. E ouviu uma voz que lhe dizia: «Arsênio, foge, cala-te, está tranquilo, pois estas são as raízes da impecância».

3. Certa vez apresentaram-se os demônios ao Abade Arsênio na cela, atormentando-o. Ora os que lhe serviam, tendo-se aproximado e ficando fora da cela, ouviram-no clamar a Deus e dizer: «õ Deus, não me abandones; nada fiz de bom em tua presença; mas, conforme a tua bondade, concede-me lançar o princípio».

4. Diziam a respeito dele que, assim como no palácio ninguém trajava veste melhor do que ele, assim também na igreja ninguém se apresentava com veste mais vil do que ele.

5. Disse alguém ao bem-aventurado Arsênio : «Como é que nós nada temos (de bom) em consequência de tanta erudição e sabedoria, ao passo que estes, os camponeses e egípcios, possuem tão grandes virtudes?» Respondeu o Abade Arsênio : «Nós pela erudição do mundo nada temos, enquanto estes, os camponeses e egípcios, pelo próprio labor é que adquiriram as virtudes».

6. Certa vez o Abade Arsênio interrogava um ancião egípcio a respeito de seus pensamentos ; outro, vendo-o, perguntou: «Abade Arsênio, como é que tu, que possuis tanta erudição romana e grega, interrogas este campônio a respeito dos teus pensamentos?» Disse-lhe Arsênio: «Possuo, sim, a erudição romana e grega; o alfabeto, porém, deste campônio, ainda não o aprendi».

7. Certa vez o bem-aventurado arcebispo Teófilo, acompanhado de um magistrado, foi ter com o Abade Arsênio. Pedia ao ancião que lhes desse a ouvir uma palavra. Após breve intervalo de silêncio, o ancião respondeu-lhe: «E, se eu vos disser a palavra, guardá-la-eis?» Prometeram guardá-la. Disse-lhes então o ancião: «Onde quer que ouvirdes estar Arsênio, não vos aproximeis de tal lugar» 1.

8. Outra vez, querendo de novo o arcebispo ir ter com ele, mandou primeiro saber se o ancião abriria. Este respondeu-lhe: «Se vieres, abrirei para ti; e, se abrir para ti, hei de abrir para todos; em tal caso, porém, não mais me quedarei aqui». Tendo ouvido isto, disse o arcebispo: «Se é para expulsá-lo que o vou procurar, não mais o irei procurar».

9. Um irmão pediu ao Abade Arsênio que lhe desse a ouvir uma palavra. Disse-lhe o ancião: «Com toda a força que tens, luta para que a tua labuta interior seja conforme Deus, e vencerás as paixões exteriores».

10. Disse também : «Se procurarmos a Deus, aparecer-nos-á; e, se o guardarmos, permanecerá conosco».

11. Disse alguém ao Abade Arsênio : «Os meus pensamentos me afligem sugerindo-me : 'Não podes jejuar nem trabalhar; ao menos sai a visitar os doentes, pois isto é caridade'». O ancião, que conhecia as sugestões dos demônios, disse-lhe : «Vai, come, bebe, dorme e não trabalhes; apenas não deixes a cela». Sabia, com efeito, que a perseverança ña cela coloca o monge na sua ordem devida.

12. Dizia o Abade Arsênio que o monge estrangeiro em terra alheia em nada se deve imiscuir; desta forma encontrará sossego.

13. O Abade Marcos perguntou ao Abade Arsênio: «Por que foges de nós?» Respondeu-lhe o ancião: «Deus sabe que vos amo; não posso, porém, estar com Deus e com os homens. Os milhares e as dezenas de milhares de espíritos supernos têm uma só vontade, enquanto os homens têm muitas vontades. Não posso, por conseguinte, deixar Deus e vir para junto dos homens».

14. Dizia o Abade Daniel, a respeito do Abade Arsênio, que este passava a noite inteira em vigília; quando, ao despontar do dia, por exigência da natureza, chegava a dormitar, dizia ao sono: «Vem, servo mau!» Então, sentado, dormia um pouquinho, e logo se levantava.

15. Dizia o Abade Arsênio que ao monge basta dormir uma hora, se, de fato, é um lutador

Disse um ancião: “Se te sobrevierem enfermidades corporais,...

Disse um ancião: “Se te sobrevierem enfermidades corporais, não te descoroçoes. Pois se o Senhor quer enfraquecer teu corpo, quem és tu para tomá-lo por mal? Não se ocupa Ele de ti em todas as ocasiões? Podes tu viver sem Ele? Sê paciente e ora para te Ele dar o útil e para saberes fazer Sua vontade e restares paciente, enquanto come o que te dão por caridade.”(Ditos dos Padres dos Deserto)

Cura do Coração

Um irmão interrogou um ancião: “Se me sobrevêm dificuldades num lugar e não há ninguém probo para confiar meu problema, que devo fazer?” Respondeu-lhe o ancião: “Confia em Deus, pois Ele enviará Seu anjo e Sua graça. Se com amor orares, Ele há de ser tua consolação.” E acrescentou: “Ouvi dizer que aconteceu na Cítia uma história deste estilo: havia lá um monge sofrendo tentações. Como ninguém havia que lhe inspirasse confiança, nem a quem pudesse se desvendar, preparara sua matalotagem para ir-se dali. Mas ainda àquela noite a graça divina lhe apareceu sob o aspecto de virgem, que o acoroçoava dizendo: ‘Não te vais, mas fica aqui comigo. Não havia maldade naquilo que escutaste.” Dando fé a tais palavras, permanceu o monge e logo ficou curado o coração.” (Padres do Deserto)

segunda-feira, agosto 27

Deus, a verdadeira FELICIDADE!

A felicidade não está no outro, a felicidade reside dentro de você, porque a felicidade é aquilo que nasce do seu interior para o seu exterior.E a felicidade também não está nas coisas terrenas, pois a felicidade é Deus.
Quando uma mente e um coração aceita Deus como morada, aí está a verdadeira felicidade.Por isso que as pessoas que tem Deus mesmo no sofrimento, são felizes.Por que a felicidade que é Deus realiza o ser humano mesmo em suas dificuldades...
Ser feliz é se sentir realizado naquilo que você escolhe como meta de vida, como projeto...se isso lhe dar alegria e você acolhe Deus em seu coração, então isso é felicidade.
Só em Deus podemos ser felizes, pois Deus é eterno e se você acredita que a felicidade está no seu amigo, no seu marido, na sua esposa, nos seus bens, na sua profissão, então um dia você poderá se decepcionar e dizer: eu não sou mais feliz!Porque você sempre achou que a felicidade era eles quando na verdade eles fazem parte da sua realização pessoal, mas não são a sua felicidade.Eles são frutos da felicidade que Deus lhe proporcionou e se por algum motivo você se entristecer entenderá que mesmo assim você vai ser feliz por que Deus é a sua única FELICIDADE.
(Tarcísio Silva)

Crede-me meus filhos...


"Os irmãos suplicavam a um ancião que repousasse de seus grandes trabalhos; mas lhes respondeu ele: “Crede-me, meus filhos, ante os imensos e magníficos dons de Deus Abrãao lamentara o que não labutara”.

Dia da Punição

"Alguns irmãos perguntaram a um dos grandes anciãos do deserto: “Pai, como podes te sentir bem aqui suportando tal labor?” Respondeu o ancião: “Todo labor que suportei desde que estou aqui não se compara a um só dia da punição futura reservada aos pecadores”.

Sem Objetivo

As vidas dos monges dão que pensar aos de fora não apenas porque eles não fazem nada de particular, mas também porque as suas vidas não buscam nenhum objetivo. Como todos os membros de ordens religiosas, o que dá forma e sentido à vossa vida não é a busca de promoção. Somos simplesmente irmãos e irmãs, frades, monges e monjas. Não podemos nunca aspirar a ser mais. Um soldado ou acadêmico de sucesso sobe na vida através de promoções. A sua vida tem valor porque ele é promovido a professor ou general. Mas não é assim conosco. A única escada de promoção na Regra de São Bento é a da humildade. Tenho a certeza de que há monges, como frades, que por vezes alimentam secretos desejos de promoção, e sonham com a glória de serem celeiros ou mesmo abades! Tenho a certeza de que há muito monge a olhar-se ao espelho, a imaginar-se com uma cruz peitoral ou mesmo com uma mitra, e a esboçar uma benção dada à sucapa .... Mas todos sabemos que o contorno das nossas vidas é realmente dado não pela promoção mas pela caminhada em direção ao Reino. A Regra é dada, diz São Bento, para vos apressar em direção à nossa morada celeste. Uma pessoa torna-se monge ou frade, e de nada mais precisa para sempre.
Ecclesia.com.br

A fornalha da Babilônia...

Disse um ancião: “A cela do monge é a fornalha da Babilônia onde os três mancebos encontraram o Filho de Deus; é ainda a coluna de nuvem donde Deus falou a Moisés.”

Fique na sua Cela

Um irmão agoniado com o pensamento de abandonar o monastério abriu a alma a seu abade, que lhe respondeu: “Fica na tua cela, oferece teu corpo como penhor às paredes dela e não saias. Não te preocupes com tal pensamento. Que tu’alma pense o que quiser, mas não ponhas teu corpo da cela em fora.”

Árvore Infrutífera

Disse um ancião: “Assim como uma árvore é infrutífera se a transplantam amiúde, assim o monge que se desloca de lugar em lugar não pode dar fruto.”

Vela sobre a Consciência

Perguntou um irmão a um Padre ancião: “Que devo fazer? pois nada faço do que é do fazer do monge: acomodado no relasso, como, bebo e durmo. Ademais estou cheio de inquietação e mergulhado em pensamentos vergonhosos; passo dum trabalho a outro e dum pensamento ao que se lhe segue.” Respondeu-lhe o ancião: “Fica na tua cela, faz o possível sem te turbar. O pouco que fazes vale os grandes trabalhos do abade Antão no deserto; tenho confiaça de que quem fica tranqüilo na cela por amor de Deus e vela sobre a consciência, ver-se-á no mesmo lugar onde está o abade Antão.”

O que é o MONGE?

O monge é uma matéria prima que fica protegida dentro de uma cápsula.Ali ela está protegida de germes e bactérias, pronta para ser utilizada na recuperação e na cura das doenças.
Assim é o monge, dentro da sua cápsula(mosteiro) ele se protege dos germes e das bactérias(tentações) deste mundo, e assim através de uma vida de oração, contemplação e serviço, edificam suas almas e ainda oram por todos os que neste mundo peregrinam e vivem à caminho da SALVAÇÃO.

A palavra monge significa a sós, solitário, alguém que decide através da graça de Deus tocada ao coração, viver uma vida de intimidade direta com Deus através da oração, meditação, e trabalho.Quando um homem ou uma mulher decide viver esta opção de vida naturalmente ele está se protegendo de muitas e variadas tentações deste mundo.Com isso não significa que el dentro do mosteiro não vá sentir os apelos da carne, as aptidões humanas, os desejos contrários a sua vida de castidade.Ele antes de ser monge ou monja é um ser humano com todas as suas normalidades patológicas e fisiológicas.Mas é justamente isso que os fazem ser vencedores a cada dia. A luta do bem contra o mal, passos dados no caminho da perfeição e renúncia ao caminho do mal...

A oração, o trabalho, o silêncio, a meditação, a lectio divina, a eucaristia, são armas usadas por esse homens e mulheres que as usam para serem essa matéria prima sempre nova, resistente e eficaz no combate as doenças demoníacas, que são as tentações.
Fiquem com Deus!
Tarcísio Silva

sábado, agosto 25

Eis-me aqui Senhor!

Homens e mulheres no decorrer dos séculos tem respondido generosamente o chamado de Deus a uma vida de contemplação, oração e trabalho.São os monges e monjas que atraídos pela vida de clausura vivendo em total abandono desse mundo partem para uma vida de silêncio onde buscam uma vida mais austera em contato com Deus sem dar atenções ao barulho do mundo exterior.

Assim como muitos homens tanto da Antiga e Nova aliança, eles vivem dentro de um mosteiro ou muitas vezes a sós buscam um deserto para ficar a sós num profundo mundo de meditação, contemplação e oração.Edificação da própria alma!

Em Oséias 2,16 Deus nos lembra nos dias atuais da necessidade que o homem tem de ir ao encontro Dele vivendo esse estilo de vida.É nesse modo de vida que o monge não se isola do mundo, não fica alienado, não está fugindo de nenhuma realidade ou problema, mas experimentando das delícias de um Deus que criou toda a beleza natural das coisas para que o homem sendo natureza humana participe e desfrute dessa obra magnífica de Deus através da vida monástica.É o encontro do homem com Deus falando coração a coração.
O monge torna-se privilegiado por Deus, não por benefícios humanos, mas por dizer NÃO as vantagens mundanas e dedicar sua vida inteiramente, sem reservas, a AMAR Deus.
"O monge faz sua e participa da missão de Cristo e da Igreja mediante sua doação pessoal a Deus e fidelidade à vida monástica."
PAZ E BEM!
Tarcísio Silva

Jesus te Chama!

"Olha, ponho-te neste dia sobre as nações, e sobre os reinos, para arrancares, e para derrubares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares".(Jer 1,10).

Deus chamou Jeremias, este a princípio exitou, pois desculpou-se dizendo ser ainda uma criança(Jer.1,6).
Assim acontece na atualidade, muitos são chamados a evangelizar, a anunciar um reino de justiça e paz, mas em meio a tantas fantasias, outras propostas mundanas terminam por rejeitar este chamado.
Quantas vocações não brotaram e se brotaram não cresceram e não deram frutos?

O que impede de um jovem dizer SIM ao chamado de Deus? O namoro? as baladas,os novos horizontes que se abrem à sua frente para se ganhar muito dinheiro, fama, poder, status?
Eu sei que para se seguir a Jesus é preciso renúncia, abnegar muitas vontades próprias, desejos puramente humanos.Não é fácil, mas não é impossível, não é um sacrifício nem um sofrimento seguir Jesus, é desafiador, contagiante, belo, torana-se muitas vezes uma aventura por ser preciso deixar tudo e seguir por caminhos desconhecidos, mas vale a pena.São Paulo enfrentou tempestades, foi preso, sofreu chicotadas, mas não desistiu do seu projeto de evangelização.

Muitos outros passaram por esta experiência, mas responderam de forma corajosa ao chamado de Jesus para evangelizar...

Neste mês vocacional tenho certeza que muitos jovens se reuniram, rezaram, foram a encontros vocacionais, participaram de palestras, visitaram seminários, congregações, mosteiros e outros institutos.Para muitos foram momentos de decisão, para outros, aumento de dúvidas, outros desanimaram e assim por diante.
Só que muitas vezes o jovem desanima de sua vocação pelo simples fato de ver muitos religiosos, padres e outros líderes religiosos católicos dando mal exemplo da sua vida presbiteral, religiosa e consagrada.

Eu tenho visto nas redes sociais comentários de alguns sacerdotes e de religiosos que me assustam, eu não acredito que aquela pessoa seja um religioso, uma religiosa, um padre da nossa igreja. Padre que banaliza o Sacramento da Eucaristia, fazendo a elevação do Corpo de Nosso Senhor com uma jovem? Religioso franciscano que posta uma foto de um lutador de socos e diz que Deus está ali presente? Padre que muitas vezes deveria anunciar o evangelho nas redes sociais fazem é divulgar imagens de bebidas, de futebol, passeio em praia?E tantas outros casos que são incoerentes coma sua vocação.

ORAÇÃO VOCACIONAL
Senhor da messe e pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem
e segue-me”. Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na
vida consagrada e religiosa. Senhor, que a messe não se perca por falta de pastores. Sustenta a fidelidade
de nossos bispos, padres, consagrados e leigos. Dá perseverança aos nossos seminaristas e vocacionados.
Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja. Senhor da messe e pastor
do rebanho, chama-nos para o serviço do teu povo. Maria, mãe da Igreja, modelo dos seguidores do Evangelho, ajuda-nos a responder sim. Amém.


Rezemos pelas vocações, que Jesus e Maria continue chamando jovens cheio de caridade e amor pelo evangelho.
Fiquem com Deus!
PAZ E BEM!!!
Tarcísio Silva


quinta-feira, agosto 23

Depressão é a doença do século...

"Em silêncio, abandona-te ao Senhor, põe tua esperança nele. Não invejes o que prospera em suas empresas, e leva a bom termo seus maus desígnios."(Sl 36,7)
Várias passagens da Bíblia citam o silêncio como o caminho para encontrar respostas quando o homem encontra-se em desespero, inseguro, com medo e com a alma vazia de Deus.

Muitos santos e santas de Deus abandonaram-se ao silêncio, buscaram este estilo de vida para uma resposta mais sólida e eficaz dentro do plano de Deus.Os Padres e Mães do Deserto, por exemplo,se deixaram abandonar nesse silêncio absoluto. Assim como no mundo de hoje temos os monges e monjas que se dedicam a uma vida de oração, contemplação e trabalho vivendo uma vida afastados do mundo barulhento e mergulhados num mundo de silêncio e santa solidão dentro de um mosteiro.De modo muito particular, os Cartuxos seguidores de São Bruno de Colônia que vivem assim.

Muitas vezes em nossa vida devemos viver esta experiência do silêncio, não que seja necessário você se afastar do mundo onde vive, da sua realidade, mas viver o silêncio interior, assim como Maria que vivia o silêncio na sua vida pessoal.Ela foi uma mulher da escuta, ela soube escutar a voz do anjo quando lhe disse:"Ave Cheia de Graça, o Senhor é Contigo!(Lc 1,28).
Meu irmão(a), nós devemos buscar este deserto, pois é lá onde Deus nos fala ao coração(Os 2,16).Maria foi uma mulher de deserto, foi no deserto que ela manteve Jesus por muito tempo e eu tenho certeza que ali deveria ser momentos importantes para Maria catequizar seu Filho, sim, porque ela foi a primeira catequista por excelência: "O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel."(Lc 1,80).

Por isso meu irmão(a) muitas vezes a nossa vida é cheia de turbulências,e aí o caminho torna-se cansativo, desanimador e com isso vem a falta de fé, a esperança aos poucos vai morrendo, seus planos vão desaparecendo, sua vida profissional torna-se um fracasso, você já não sonha mais co futuro melhor, sua mente se enche de dúvidas e de medos, seus relacionamentos se acabam porque você começa a se afastar de tudo e de todos...ou diante das circunstâncias você começa a observar que os outros estão conseguindo vencer e você só encontra barreiras e dificuldades e já começa a xingar e culpar Deus pelo seu fracasso.Ou então, o casamento da vizinha(o)é melhor do que o seu, o carro dele(a) é melhor, a empresa dele(a) só desenvolve e a sua quebrou, ou o emprego do seu vizinho(a), do seu amigo(a)é melhor do que o seu.Na verdade você começa a achar que nada seu tem valor.
Sabe por que meu irmão(a)? Porque você ainda não encontrou o deserto dentro de você mesmo para escutar a voz de Deus.Até agora você você quebrou a cara porque você é cabeça dura, porque você sempre se achou no lugar de Deus.Sempre quer tomar decisões por si mesmo, ao contrário de Maria de Nazaré, você não sabe escutar, às vezes você perde muito tempo olhando o sucesso do outro enquanto deveria começar a olhar a sua escada(vida) caindo degrau por degrau e quando você menos espera, ela já tem ido ao chão.

Seja firme, seja um homem e mulher de oração, de conversa de coração ao coração com Deus, não tenha vergonha de ser cristão, de orar, de ir a missa, de rezar no seu trabalho, na sua casa, mas deixe Deus agir na sua vida.
Já ouvir muita gente dizer que a DEPRESSÃO é a doença do século, o afastamento de Deus também é a doença do século.
Deus tem ficado em segundo plano para muita gente, em primeiro lugar vem sempre a deus-poder,deus-fama,deus-dinheiro,deus-superstição,deus-competição e etc.
Busque Deus o silêncio do seu coração e seja feliz!
PAZ E BEM!!!
Tarcísio Silva

domingo, agosto 12

A oração Contemplativa

“A vida na dimensão do Espírito é um mistério enraizado na alegria do ser. A grande beleza da oração, é que a abertura do nosso coração é tão natural como o desabrochar de uma flor. Para que uma flor se abra e desabroche, basta deixá-la existir. Portanto, se simplesmente, somos, se nos tornamos e permanecemos imóveis e silenciosos, o nosso coração só pode abrir-se. O Espírito só pode inundar o nosso ser na totalidade. É para isso que nós fomos criados.

Na oração contemplativa, tentamos tornarmo-nos na pessoa a que somos chamados a ser, não pensando em Deus, mas sim em estando com Deus. Estar simplesmente com Deus, é literalmente tornarmo-nos na pessoa que Deus nos chama a ser.”
(John Main)

quarta-feira, agosto 8

Aridez na Oração

"Existem algumas almas que gostariam de sempre ser consoladas na oração. Se acontece terem um pouco de aridez,
logo querem etc.. Tudo isso é trapaça do demônio, que assim
procura arruiná-las irremediavelmente. Sabemos que muitas
almas se mantém na graça de Deus pela oração.
Hoje, porém, quero falar-lhes das fontes de onde pode nascer
essa aridez. São três: o demônio, Deus, nós mesmos.
Vem do demônio quando fazemos [oração] perturbados, e
quando dela nos erguemos igualmente perturbados. Que devemos fazer então? Rir-nos.
Se vem de nós porque, por exemplo, nos dissipamos em prosas e conversas, então devemos afastar etc..
Vem de Deus quando, ao ir para a oração não temos devoção
sensível; a alma está amargurada, mas gostaria de estar quieta, totalmente unida com Deus; nesse caso temos de nos consolar.
Se tivéssemos sempre consolações, falando dos caminhos ordinários e da providência normal de Deus, não poderíamos
chegar à perfeição. O dia é composto de dia e de noite; se fosse sempre dia ou sempre noite, as criaturas morreriam e se
corromperiam. Se alguém come sempre coisas de açúcar,
vermes nascem em seu ventre.
Assim que devemos estar convencidos que nossa vida deve
ser entremeada de consolações e de trabalhos. Como se tece
o pano? Um fio perpendicular e o outro atravessado; assim o
tecido de nossa vida. Os santos, que conheceram seu valor,
etc..
Pode alguém dizer-me: “Padre, que adiante fazer oração, se a
faço como se fosse uma estátua de sal?” Sim, é verdade, mas
você não deve etc..
Diga-me: não ajudam as vestes sacerdotais, episcopais e pontificais? A belas pinturas de Jesus Cristo, de Maria Santíssima
etc., não ajudam os preciosos ornamentos dos altares etc.; de
fato, não ajudam positivamente etc.. Assim também você etc.."
(Sto.Afonso M. de Ligório)

terça-feira, agosto 7

A Simplicidade

“Compreendi que todas as flores criadas por Deus são belas,que a cor da rosa e o candor do lírio não tiram à pequena violeta o seu perfume e não roubam nada à estupenda simplicidade da erva do prado.Estou convencida de que,se todas as florinhas quisessem transformar-se em rosas,a Natureza perderia o seu fascínio primaveril e os prados nunca seriam matizados de pequenas flores.
O mesmo acontece com as almas,neste jardim vivo do Senhor.Ele houve por bem criar grandes Santos,que bem podem comparar-se aos lírios e às rosas;mas também criou pequenas flores,que devem contentar-se de ser margaridas ou simples violetas,destinadas também elas a alegrar os olhos do Senhor”
“Mas Ele diz-nos que na sua casa há muitas. Se há,pois,mansão para as almas grandes,mansões para os padres do deserto e para os mártires da penitência,há-de haver também mansão para as criancinhas.Seguro temos portanto o lugar,contanto que O amemos muito a Ele,ao Pai Celeste,ao Espirito do Amor.” (Santa Teresinha)

O Que é a Meditação Cristã?

1. Em muitos cristãos do nosso tempo manifesta-se vivo o desejo de aprender a orar de modo autêntico e profundo, não obstante as não poucas dificuldades que a cultura moderna opõe à exigência advertida de silêncio, de recolhimento e de meditação. O interesse que algumas formas de meditação conexas com certas religiões orientais e com os seus modos peculiares de oração têm suscitado nestes anos, também entre os cristãos, constitui um sinal notável desta necessidade de recolhimento espiritual e dum profundo contacto com o mistério divino. Perante este fenómeno, adverte-se, todavia, de diversas partes, a necessidade de dispor de critérios seguros, de carácter doutrinal e pastoral, que permitam educar à oração nas suas variegadas manifestações, permanecendo sempre na luz da verdade revelada em Jesus, segundo a genuína tradição da Igreja. A tal urgência procura responder a presente Carta, a fim de que, nas várias Igrejas particulares, a pluralidade de formas, mesmo novas, de oração, não lhes faça nunca perder de vista a exacta natureza pessoal e comunitária desta. As presentes indicações dirigem-se, em primeiro lugar, aos Bispos, para que as façam objecto de solicitude pastoral em favor das Igrejas que lhes foram confiadas, de modo que todo o povo de Deus — sacerdotes, religiosos e leigos — seja incitado a rezar, com renovado vigor, ao Pai, mediante o Espírito de Cristo Nosso Senhor.

2. O contacto cada vez mais frequente com outras religiões e com os seus diversos estilos e métodos de oração, tem induzido, nos últimos decénios, muitos fiéis a interrogar-se sobre o valor que podem representar, para os cristãos, formas não cristãs de meditação. O interrogativo refere-se sobretudo aos métodos orientais.(1) Há quem procure hoje tais métodos por motivos terapêuticos: a inquietude espiritual duma vida submetida ao ritmo agitado da sociedade tecnologicamente avançada, impele também um certo número de cristãos a procurar em tais métodos um caminho de distensão interior e de equilíbrio psíquico. Este aspecto psicológico não será tomado em consideração na presente Carta, a qual deseja mais propriamente pôr em evidência as implicações teológicas e espirituais da questão. Outros cristãos, na esteira do movimento de abertura e de diálogo com religiões e culturas diversas, são do parecer que a própria oração tem muito a ganhar mediante o recurso a tais métodos. Chamando a atenção para o facto de que, em tempos recentes, não poucos métodos tradicionais de meditação próprios do cristianismo foram caindo em desuso, alguns cristãos perguntam: não seria possível, mediante uma nova educação à oração, enriquecer a nossa herança tradicional, incorporando nela elementos que lhe têm sido até aqui alheios?

3. Para responder a esta questão, é preciso esclarecer, em primeiro lugar, mesmo que seja só nas suas grandes linhas, em que consiste a natureza íntima da oração cristã, examinando em seguida, se e como possa ser melhorada por métodos desenvolvidos no contexto de religiões e culturas diversas. Para tal fim, é necessário formular uma premissa decisiva. A oração cristã é sempre determinada pela estrutura da fé cristã, na qual resplandece a verdade mesma de Deus e da criatura. Por isso mesmo, falando com propriedade, a oração assume a forma dum diálogo pessoal, íntimo e profundo, entre o homem e Deus. A oração exprime, por conseguinte, a comunhão das criaturas redimidas com a Vida íntima das Pessoas Trinitárias. Nesta comunhão que se funda sobre o baptismo e sobre a eucaristia, fonte e cume da vida da Igreja, encontra-se implícita uma atitude de conversão, um êxodo do eu para o Tu de Deus. A oração cristã, portanto, é sempre ao mesmo tempo autenticamente pessoal e comunitária. Por esta razão, recusa técnicas impessoais ou centradas sobre o eu, as quais tendem a produzir automatismos nos quais o orante cai prisioneiro dum espiritualismo intimista, incapaz duma livre abertura para o Deus transcendente. Na Igreja, a legítima busca de novos métodos de meditação deverá ter sempre em conta que, numa oração autenticamente cristã, é essencial o encontro de duas liberdades: a infinita, de Deus, e a finita, do homem.
Fonte:http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_19891015_meditazione-cristiana_po.html#III._MODOS_ERRÓNEOS_DE_ORAR_

Humildade de Coração

"Se você deseja alcançar a verdadeira ciência das Escrituras, apresse-se primeiro para adquirir uma inabalável humildade de coração. É isto que o conduzirá, não a ciência que ensoberbece, mas aquela que ilumina, pela consumação da caridade. " Então, o que decide se o estudo da Escritura é uma atividade contemplativa ou não, não é o método de leitura ou de interpretação usado, mas a atitude do coração." (Pai Cassiano - Padres do Deserto)

Amor de Vizinho

Para os Padres do Deserto e Mães relações humanas são consideradas fundamentais para viver na presença de Cristo: Pai John, o Anão, disse, "Uma casa não é construída, começando na parte superior e trabalhar para baixo.

Você deve começar com as fundações, a fim de chegar ao topo. "Eles disseram-lhe:" O que significa esta palavra significa? "Ele disse:" A fundação é nosso vizinho, a quem devemos ganhar, e esse é o lugar para começar. Para todos os mandamentos de Cristo dependem desse um. "

Em nosso mundo atual a maioria de nós parecem ter perdido de vista esta base importante para a nossa vida. Nós tendemos a viver como se fôssemos objetos independentes que empurram para a posição. É interessante como no nosso tempo alguns cientistas a mudar a nossa visão da realidade. Em experimentos de física quântica têm direito desde o início provou que os elétrons estão em movimento perpétuo - não só constantemente interagindo com outras partículas, mas também com um vasto oceano de energia subjacente que suporta todos. A existência deste princípio de conexão, essa força energética chamada de Campo do Ponto Zero, foi ignorada como irrelevante para aplicações práticas da ciência quântica e deixado de fora das equações. Agora os cientistas interessados ​​nas implicações filosóficas da teoria quântica estão chamando a atenção para ele. A descoberta deste campo Quantum constitui prova definitiva de que estamos todos conectados integralmente e parte da teia da vida com os nossos companheiros seres humanos, todos da criação e do cosmos, para nós também são feitos a partir de átomos e seus componentes essenciais, os elétrons . Nós também são pacotes de energia quântica articulação e intercâmbio de informações com esse mar de energia.

Isto não só é verdade a nível energético, mas a consciência também está intimamente envolvido. David Bohm, um físico quântico importante disse: "No fundo da consciência da humanidade é uma só." Nosso sentimento de separação é uma ilusão, por mais poderoso que seja, mas ainda é apenas uma ilusão, criada pelo ego e sua esquerda circuito cerebral focada na sobrevivência. Nós estão interligados partes significativas de um todo.

Se realmente teve esse pensamento a bordo que iria mudar a nossa atitude para toda a família humana e para o nosso planeta. Tudo o que fazemos tem um efeito sobre o todo. O que acontece com os outros que nos acontece. Precisamos tirar o foco de nós mesmos e meditação é a disciplina chave para fazê-lo.

Devido à sua vida de oração contemplativa os eremitas do deserto foram experimentalmente conscientes desta interconexão e para eles a virtude suprema é uma auto-esvaziamento de todos os desejos pessoais que levam a um amor doação, seguindo as pegadas de Cristo: "St Anthony teve orou ao Senhor para ser mostrado a quem ele era igual. Deus lhe havia dado a entender que ele ainda não havia atingido o nível de um sapateiro certo em Alexandria. Anthony deixou o deserto, foi para o sapateiro e lhe perguntou como ele viveu. Sua resposta foi que ele deu um terço de sua renda para a Igreja, outro terço para os pobres, e manteve o resto para si. Isso não parece uma tarefa fora do comum para Anthony, que se tinha desistido de todas as suas posses e viveu no deserto na pobreza total. Então, que não era o lugar onde a superioridade do outro homem estava deitado. Anthony disse-lhe: 'É o Senhor que me enviou para ver como você vive. " O comerciante humilde, que Anthony venerado, então disse a ele o segredo de sua alma: "Eu não faço nada de especial. Só que, como eu trabalho eu olho para todos os transeuntes e dizer: 'Então, que eles podem ser salvos, eu, só eu, perecerá.

Kim Nataraja
Fonte:http://www.wccm.org/node/984

segunda-feira, agosto 6

Deus nos deu Sabedoria

Todos nós amanhecemos com dois caminhos à nossa frente.Devemos tomar a decisão de qual dos dois iremos caminhar, Deus nos deu sabedoria para isso.
Quando as coisas não vão bem em sua vida, não adianta reclamar nem lamentar, pois você é responsável por suas escolhas.

Se existe um caminho para o bem e outro para o mal é você que tem que decidir qual o melhor para você.Não adianta culpar os outros ou reclamar para Deus de suas escolhas erradas que te levam ao fracasso, é você que deve gerenciar a sua vida.Seja você o mais interessado(a) na realização de sua vida.

Deus nos deu sabedoria, inteligência e liberdade para que pudéssemos realizar estas coisas e se nada de bom acontece na sua vida, ou nada do que você desejou aconteceu é porque você não fez suas escolha correta, ou Deus não permitiu.

Porém, não perca a esperança, tenha paciência e saiba esperar, faça uma escolha sempre para o caminho do bem e mais cedo ou mais tarde Deus em sua infinita misericórdia ouvirá seus clamores, mas nunca se queixe a Deus, ou reclame de sua vida, pois esta já é um grande presente de Deus para você. Aprenda ser paciente, sábio, amoroso,compassivo, humilhe-se diante de Deus com um coração cheio de arrependimento e aos poucos perceberá que a sua vida está percorrendo o caminho certo.

Fique com Deus!
PAZ E BEM!!!

Aceitar todas as cruzes da vida

Com as mesmas disposições, devemos aceitar das mãos de Deus todas as demais cruzes que ele nos enviar para a nossa santificação.
Talvez você me pergunte: Não são castigos, são advertências do Senhor, são graças do céu.
Se magoamos nosso Senhor como nossos pecados, devemos satisfazer à sua divina justiça de alguma maneira, neste ou no outro mundo, agora ou depois da morte.Por isso, vamos dizer com Santo Agostinho: "Senhor, agora podeis me queimar, cortar, castigar, mas perdoai-me na eternidade".E também com o patriarca Jó:"Será até um consolo para mim, torturado sem piedade, saltaria de gozo".(Jó 6,10)

Na verdade, uma alma que mereceu o inferno deveria consolar-se diante das provações de Deus; tudo passa e também os sofrimentos desta vida são passageiros, purificadores e nos darão uma eternidade de delícias.

(Extraído do Livro De Bem com Deus - Santo Afonso Maria de Ligório Pág.74-75)

Ele é o Divino Amigo

Se alguma vez você busca, junto de seus amigos, alguma consolação,algum alívio nas suas tristezas e angústias,tudo bem; Deus não se ofende com isto, mas quer que - de preferência - você recorra a ele.

Assim, ao menos, depois de ter pedido às criaturas consolações, que elas não lhe puderam dar, volte-se para o Deus de Jesus Cristo, e exclame como o patriarca Jó:"Vós não sois senão embusteiros, todos vós menos charlatães"(Jó 13,4)

Os meus amigos são todos fracos e incapazes para consolar-me e levantar o meu ânimo abatido pela dor.Vós, ó meu Deus, sois toda a minha esperança e todo o meu amor; só de vós espero a minha consolação, e a graça de fazer só o que vos agrada!

Eis-me aqui Senhor, estou disposto a sofrer esta pena durante toda a minha vida, se esta for a vossa vontade, mas ó meu Deus, ajudai-me!

(Extraído do Livro: De bem com Deus - Escritos de Santo Afonso Maria de Ligório pág,111)

Majestade de Deus

Majestade e beleza estão à sua frente,
poder e esplendor moram no seu santuário.
(Salmos 96,6)

Vamos à Casa do Senhor



‎"Quão amável, ó Senhor, é vossa casa, quanto a amo,
Senhor Deus do universo."(Sl 83,2)

sexta-feira, agosto 3

Como conversar com Deus

De manhã as despertar, será o seu primeiro pensamento, a sua primeira preocupação elevar o coração a Deus e lhe oferecer tudo quanto fizer e sofre durante o dia.

Não se esqueça de lhe pedir que o ajude com a sua graça, sem a qual ninguém pode agradar a Deus.

Em seguida, você faça os atos que todo bom cristão deve fazer cada manhã: de amor e agradecimento; de súplica e bom propósito, resolução de passar esse dia como se fosse o último de sua vida.

Você pode fazer esta pequena oração ou semelhante:"Seja todo este dia, um grande louvor a Jesus e a Maria"; "tudo por amor a Jesus e a Maria"...

Você poderia fazer esta intenção: Meu Deus, cada vez que eu olhar para o céu, cada vez que eu vir a beleza de uma flor; a pureza de uma criança; cada vez que o meu coração bater, eu quero fazer um ato de fé, um ato de amor, e vos oferecer az minha vida.

E desejar com ardor que Deus seja conhecido e amado de todos os homens.

Depois de fazer este atos de profunda piedade cristã, e tão agradáveis a Deus, consagre seu dia ao Coração de Jesus e ao imaculado Coração de Maria; e procure, logo e antes de outras ações, fazer a oração ou meditação da manhã.

Se você quiser mesmo progredir na vida interior, cultive com carinho estas três devoções:Paixão de Cristo - Eucaristia - Nossa Senhora.

(Extraído do Livro De Bem com Deus. - Escritos de Santo Afonso M. de Ligório Pág 121-122)

Fique com Deus
PAZ E BEM!!!