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segunda-feira, junho 18

Quem foi São Romualdo?


“Quem foi São Romualdo, precisamente? Um monge, um eremita, um pregador, um reformador, um missionário, um profeta? Tudo isso duma vez. Romualdo não é absolutamente classificável, bem como também os mais típicos dos padres do deserto, mestres dele, seus amigos e modelos, dos quais ele herdou a graça específica” (P. L.A.Lassus).

Desta excepcional vitalidade espiritual de São Romualdo, fruto da ação do Espírito, que – como diz seu antigo biografo São Pedro Damião , “presidia na sua consciência”, orientando seu sentido da vida e suas escolhas ao serviço do Senhor e dos irmãos, deriva o dinamismo do carisma que ele deixou em herança a seus discípulos e discípulas. Com este dinamismo do seu espírito eles continuaram se deparando ao longo de mil anos e até hoje, procurando traduzi-lo numa fidelidade dinâmica e criativa.
Sobre São Romualdo temos duas preciosas testemunhas. São Bruno Bonifácio (+1009),narra sua experiência pessoal de Romualdo na “Vida dos 5 Irmãos”. São Pedro Damião ((+1072) descreve seu caminho interior e sua aventura humana na “Vida de são Romualdo”.

São Romualdo nasceu numa família nobre na cidade de Ravena (Itália Centro Norte) por volta do ano 952.
São Romualdo foi descobrir gradualmente e com sofrimento sua verdadeira vocação de dedicar-se totalmente a Cristo, na escuta da sua Palavra, na purificação do coração e na obediência ao Espírito que guiava seus passos. Tendo deixado a abadia de Santo Apolinário em Classe da sua cidade, onde tinha recebido o hábito monástico aos 20 anos, para a vida eremítica, descobriu que a solidão não o afastava dos irmãos, da vida da igreja e dos pobres, mas, pelo contrário, o enraizava numa comunhão e solidariedade mais profunda com eles.

Colocando-se com humildade na comunhão da Igreja, São Romualdo passa a viver como discípulo da tradição monástica anterior do Oriente (os padres do deserto) e do Ocidente (São Bento). Sua primeira escola foi a abadia de Santo Apolinário em Ravena (972 – 975), e mais tarde o mosteiro de Cuxá (montanhas dos Pireneus na Espanha, 997 -998), e em fim a abadia mãe do monaquismo beneditino, Monte Cassino, não longe de Roma (ano 1000).
Seguindo o ensinamento da Regra de São Bento, faz do amor ao Senhor e entre os irmãos, a sua regra suprema de vida (RB 4,21 e 72,11). Solidariza-se com as dificuldades da vida da Igreja e da vida monástica do seu tempo e abraça os desafios pela sua renovação. Os discípulos chamarão este seu ensinamento de “relacionar-se segundo a lei suprema do amor fraterno” (privilégium amoris”).

Com seu exemplo, mais que com seu ensino verbal, deixa a seus discípulos uma herança que se manifestará muito fecunda e ao mesmo tempo portadora de tensões. Se dá uma tríplice oportunidade para realizar a vocação monástica, uma em comunhão e complementaridade com outra: a vida fraterna no mosteiro, útil sobre tudo para iniciar a vida monástica; a vida na solidão do eremitério que presupõe uma certa maturidade humana e espiritual; a dedicação a testemunhar o evangelho até o dom da vida, por aqueles que o Espírito impele a abandonar tudo para se unir totalmente com Cristo (triplex bonum).
Fonte:http://www.camaldolenses.com.br
São Romualdo, rogai por nós!
“Vai para vinte anos, que estou me preparando para a morte; quanto mais faço, tanto mais me convenço de que não sou digno de comparecer na presença de Deus”(São Romualdo)

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