Translate

Pesquisar este blog

"Não é nada humilde insistir em ser quem não somos.". (Thomas Merton)"»♥«

«Quaisquer que sejam teus sofrimentos, a vitória sobre eles está no silêncio.»(Abade Pastor) »♥«

terça-feira, janeiro 15

A Curiosidade


Como segundo vicio, Santo Efrén alude à curiosidade, que é condenada pela tradição ascética. São Cassiano diz que, da preguiça nasce a curiosidade, da curiosidade a desordem e da desordem, todo o mal. A curiosidade, pois, está relacionada à preguiça e a acompanha fielmente; é, segundo São João Clímaco, “o que nos mantém presos às coisas deste mundo.”

É certo que o ocioso e o curioso desejem ocupar-se de algo fácil a fim de justificar sua existência e sua presença. Desentendendo-se substancialmente do cumprimento dos mandamentos divinos, procura e encontra uma enganosa ocupação com os outros e com as coisas, considera plenitude a atenção e as perguntas sobre muitas coisas, temendo e evitando sistematicamente o que lhe cause dor.

A curiosidade e a preguiça, segundo os Padres, caracterizam o que cultiva os vícios. Ademais, a curiosidade evidencia a vaidade e o orgulho humanos, já que o que possui este vício chega ao ponto de ocupar-se continuamente com os outros e, em absoluto, consigo mesmo.

O abade Doroteo relata um excepcional caso de curiosidade: “Ocorre às vezes que se suspeite algo e as coisas demonstrem que estava certo. E, precisamente por isso, sustenta que, querendo corrigir-se a si mesmo, às vezes age com desconfiança e curiosidade com a seguinte justificativa: “Se alguém discorda de mim e eu o escuto, assim fazendo [discutindo sobre o assunto] me darei conta de meu erro pelo qual me acusa, e me corrigirei”. O grande abade condena diretamente a quem assim pense, e o considera, inclusive, guiado pelo demônio. Se, verdadeiramente, tem vontade de corrigir-se, que se arrependa quando lhe indiquem seu erro, e que não aumente e justifique deste modo a sua curiosidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário