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quinta-feira, maio 30

Apoftegmas de Abade Arsênio


"Contou ainda que, quando o Abade Arsênio ouvia estarem maduras as frutas das diversas árvores, dizia espontaneamente: «Trazei-mas». E provava, uma vez apenas, um pouquinho de cada qual, dando graças a Deus." Certa vez o Abade Arsênio, tendo adoecido na Cétia, sofria a indigência até mesmo de uma camisa de linho. Não tendo recurso para comprá-la, aceitou de alguém uma esmola, e disse: «Agradeço a ti, Senhor, que me tenham tornado digno de receber uma esmola em teu nome». A respeito dele diziam que tinha a cela afastada à distância de trinta e duas milhas. Não saia com facilidade; outros lhe prestavam os serviços necessários. Depois, porém, que fora devastada a Cétia, saía em prantos e dizia: «O mundo perdeu Roma, e os monges perderam a Cétia !» O Abade Marcos perguntou ao Abade Arsênio: «Não será bom que alguém não tenha em sua cela algum objeto que o console? Pois vi um irmão que possuía pequenas hortaliças e estava a arrancá-las». Respondeu o Abade Arsênio : «É bom, sim ; de acordo, porém, com o temperamento do homem ; pois, se ele não recobrar forças neste gênero de vida solitária, voltará a plantar outras coisas» O Abade Daniel, o discípulo do Abade Arsênio, narrou: «Certa vez, encontrando-me eu perto do Abade Alexandre, acometeu-o uma dor, em virtude da qual ele se estendeu por terra, olhando para o alto. Aconteceu, então, que o bem-aventurado Arsênio se chegou para lhe falar, e o viu estendido. Tendo terminado de falar como intencionava, ainda acrescentou: «E quem era o secular que aqui vi?» Perguntou o Abade Alexandre: «Onde o viste ?» Respondeu : «Quando eu descia da montanha, olhei aqui para a gruta, e vi alguém estendido a fitar o céu». Alexandre atirou-se-lhe, então, aos pés, dizendo o seu arrependimento: «Perdoa-me, era eu; pois a dor me dominava». Respondeu-lhe o ancião : «Então eras tu ? Está bem. Julguei que fosse um secular; por isto é que perguntei».

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